#304 - Uma nova possibilidade: O gay alfa? (Relato)

Caros amigos de Chifres, 

muito já falei aqui no nosso Blog Meus Chifres que a vida de um marido corno manso é recheada de gratas surpresas. Caminhando pelas ruas do Recife velho, conhecendo o mais antigo mercado público do Brasil com quase 150 anos de história  de sua bela arquitetura neoclássica, fomos surpeendidos com uma inusitada cantada que a minha esposa levou de uma travesti que retomou seus dias de macho alfa quando a viu nos seus habituais shortinhos minúsculos que destoavam do ambiente da mulher recifense e largou a pérola: "Nossa que mulher linda, até me fez lembrar que já fui homem!"

Rindo, agradecemos o sincero elogio e continuamos a nossa caminhada pelo local que realmente é a pura expressão da cultura da capital pernambucana. De volta ao nosso hotel, conversando com um dos nossos interlocutores no whatsapp, alongamos a conversa a respeito do perfil dessa geração Z que tendo nascido completamente conectados, parece ter sido "equipado" com o chip para uma sexualidade "Flex".

Não é de hoje que vejo ao meu redor e nas redes sociais relatos, buxixos, escândalos,  comentários e casos de pessoas mais jovens, dessa geração, nos quais as suas praticas sexuais demonstram um grande desprendimento dos tabus que tanto influenciaram e influenciam as gerações anteriores a viver sob amarras de uma cultura que nos impede a plena experiência sexual. A garotada que hoje gravita em torno dos 20 anos de idade e que vem nos dando uma aula do que é viver bem, do ponto de vista sexual, pode ter talvez uma certa influência do ambiente cultural LGBT que desde sempre se mostrou com a coragem e ousadia de propor novos formatos para experiência de uma vida sexual livre e plena.

E foi numa conversa com um dos interlocutores do nosso Blog Meus Chifres que surgiu o post de hoje, quando o Hefesto, editor do Blog Diário de Athinia, compartilhou sua experiência na qual, assim como eu, viu sua deliciosa esposa sendo cobiçada por um homem gay.

Vejamos o relato do nosso amigo de chifres, que nos escreveu enquanto sua amada tomava banho de cachoeira com os amigos gay na mata enquanto o marido a aguardava em casa.

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Em 2018, quando estávamos ainda em numa viagem à Europa, surgiu a ideia de passar uns dias em Massarandupio, no sul da Bahia. Como de praxe, as nossas luas-de-mel tinham sempre destinos parecidos.  As águas límpidas e quentes do litoral brasileiro, e óbvio, uma praia de nudismo.

Massarandupió é uma praia do litoral baiano que possui dois quilômetros reservados para a prática do naturismo. O lugar é paradisíaco, com dunas, córregos e muita vegetação. Possui duas barracas de praia que servem comida e bebidas.

A praia estava vazia.  Avaliamos o local para achar um local para repousar. Passamos pela barraca do Juvenil, mas seguimos em frente até a próxima.  De um pulo sai de dentro do estabelecimento o saltitante Epitácio.

_ Olá, como posso ajudá-los? Neste tom irradiante, Epifácio um baiano moreno, vestido de sunga e camisa, esbanja toda a sua simpatia. Tinha todos os trejeitos homossexuais.

Apressa-se em escolher um bom lugar para esticarmos. Athina essa hora já bem à vontade, troca uma rápida conversa com Epitácio. Adoro vê-la nua conversando com estranhos na minha frente. Da muito tesao!

Epifácio, de tempos em tempos, aparecia com sua presença contagiante trazendo cervejas e histórias do local. Um caldo de Sururu foi servido quente e com recomendações em ser um excelente afrodisíaco. E era mesmo!

As conversas fluíam e Athína ia pegando cada vez mais confiança naquele baiano arretado de sorriso fácil e conversa atravessada. Ate aquele momento, apesar dos trejeitos, Epitácio não tirava os olhos de Athína. A pegava pelo braço, abraçava, passava bronzeador e a elogiava todo tempo.

Depois de estarmos sob efeito de muitas garrafas de Heineken, lá pelas tantas ele percebe o momento de atacar.

_ Se vocês quiserem, podem ficar aqui atrás no Riacho também. Monto toda a estrutura e vocês podem ficar à von-ta-de!!! Entusiasma-se Epifácio com segundas intenções.
O Rio Massarandupió fica localizado atrás das dunas. É onde rola a sacanagem no fim de tarde. 

Athina apressa em terminar seu copo de cerveja e aceita o convite.
Seguimos em direção ao local indicado. Epifácio, sempre falante, corria na frente levando mesas e cadeiras, e descrevia a beleza do local.

Epifácio monta a barraca sobre a água em uma pequena formação de lago cercado pela vegetação rasteira local, que nos dava uma bela privacidade.

_  Esse paraíso é de vocês ! Volto daqui a 20 minutos trazendo mais cerveja ! 

Ele volta conforme o tempo estimado e se oferece para um nudismo em conjunto. Athina não se contrapõe e nossa conversa continua animada. Epifácio não era mais a mesma pessoa. Agora com um tom de voz másculo, começa a descrever algumas cenas que presenciou e participou naquele paraíso. Casais adoravam aquele local e seus serviços deveriam ser parte do pacote. 

Ela resolve dar uma volta.

_ Já perdi as contas de quantas sereias já passaram por aqui, mas a sua esposa encanta com esse  corpo escultural ! Ele agora passar a me direcionar os elogios

_ Mas você não era fresco? Pergunto atônito a investido do baiano.

 _ Aaaahhhh mas com um avião desses eu viro  a casaca ! Caímos em riso