#19 - Bancando o chifre (Reflexão)

Caros amigos de chifres,
Conversamos anteriormente aqui no Blog Meus Chifres sobre limites para a realização de uma tara sexual.  Com certeza a segurança física e social sempre é lembrada logo de cara quando se toca neste assunto. Mas e quanto aos custos para ser corno? Há algum limite para os tão desejados chifres? Quem deve arcar com os custos financeiros da aventura da esposa com o amante? O corno que fornece a esposa para o prazer alheio ou o amante que lucra com o fetiche do casal?

Claro que não existe uma resposta padrão. Cada caso é um caso, e cada um deve analisar bem o seu contexto antes de decidir como se portará diante desta situação tão delicada. Há que se lembrar sempre que, maior que o prazer, deve ser o cuidado com a integridade do casal, e isso passa também pelo setor financeiro. Não basta apenas se preocupar com a segurança física ou social. O cuidado com os gastos durante a realização do fetiche deve ser observado afinal, o prazer sexual não pode lhe levar a uma condição de decadência financeira.

Sabendo dos seus limites, tendo pernas e uma certa margem de segurança para caminhar, alguns maridos cornos atingem o prazer mais intensamente quando são obrigados a arcar com os custos do chifre que toma. Em alguns casos, o prejuízo financeiro, somado ao moral e o sexual, aumenta ainda mais a intensidade da fantasia do marido perdedor, o "cuckold loser", aquele que em todos os aspectos perde para o amante da sua mulher, ampliando o seu prazer ao se ver diminuído, humilhado, mesmo que indiretamente, pelo amante e pela sua esposa que se satisfazem às custas do corno manso e otário.

Ele é aquele corno que sente imenso prazer em se ver menor que o amante em todos os aspectos. Tamanho do pênis, pegada, prazer proporcionado, quantidade de orgasmos dado à ela, quantidade de esperma jorrado sobre a putinha....até o fato de ser o otário que banca tudo para o prazer do comedor que se farta na sua esposa, às suas custas.

O cuckold loser tem um intenso prazer em participar ativamente de todos os momentos do chifre. Desde a preparação da esposa (cabeleireiro, unhas, depilação, banho de lua), passando pela compra de lingerie e roupas sexies para o encontro dos dois, ao custeio do barzinho e do motel onde os dois efetivam o tão desejado chifre do corno perdedor. A participação em cada uma dessas etapas é como se fosse um ato sexual no qual ele já começa a ter a sensação de prazer ao perceber o quanto ela se dedica, o quanto ela se ocupa nas tratativas que antecedem o momento do chifre consumado.  O prazer do corno que banca o chifre se estabelece na percepção que ele tem do quanto a sua esposa está focada no outro homem, desde a mais singela escolha de cor de esmalte ao tenso e doloroso momento da escolha da lingerie com a qual ela vai oferecer o seu corpo para o macho alfa.

Depois de quase ir a loucura com todo o procedimento de preparação da esposa para o grande momento, além de ter que segurar o gozo enquanto os namoradinhos sarram e se paqueram no bar ou na pista de dança, o cuckold loser ainda tem a prazerosa missão de conter o gozo durante o momento em que dirige  enquanto os dois vão se comendo no banco traseiro do carro do corno, rumo ao motel. 

Esta é outra forma interessante de fetiche para o corno manso que gosta de tomar bola nas costas, já que na nossa cultura, o carro é uma conquista muito importante para o homem, ao ponto de ser a marca da sua virilidade. Assim, servir de motorista enquanto o garanhão mete a rola na sua esposa, dentro do seu carro é um dos fetiches mais intensos para o corno que curte a condição de bancar os chifres em todas as suas possibilidades.

Pagar os custos do chifre é uma forma de se sentir preterido. Saber que ela investiu pesado na sedução e ter a certeza de que nada daquilo foi estimulado pelo corno do marido leva o corno perdedor ao delírio. Todos os investimentos que ela requisita para a sedução tem um endereço certo: o prazer do terceiro bancado por um corno otário.

Imagino que não havendo riscos de natureza financeira e até sendo um elemento que aumente o prazer, não há nenhum problema em bancar todos os custos para que o amante venha proporcionar o merecido prazer da sua esposa. Para aqueles cornos que, assim como eu, sentem prazer em situações nas quais se vê em certa desvantagem diante daquele cara que tem a sua mulher nas mãos, o fato de bancar tudo para que eles tenham o máximo prazer até é mais excitante visto que lhe nos coloca na situação de corno manso, inferior ao verdadeiro macho do casal, o amante da sua esposa.

Uma coisa é certa: o limite deve ser estabelecido com uma certa margem de segurança antes de que se coloque as pessoas em condições de qualquer tipo de risco (social, moral, financeiro) afinal, o que se deve buscar é o prazer contínuo, que possa se repetir em outros momentos e para tanto, é necessário manter-se a segurança e a integridade, em todos os aspectos.