#94 - Salve (ou destrua) seu casamento (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

No post de hoje, trago uma reflexão a respeito da importância que tem o chifre para a manutenção do casamento, relacionamento que tende a esfriar à medida em que o tempo passa. Pensando sobre o assunto, quero convidá-los a refletir quanto à questão da presença de um terceiro na relação. Seria essa a melhor forma de salvar, ou destruir um casamento? 

Segundo a Lei brasileira o casamento é um contrato de sociedade estabelecido entre o membros do casal, baseado na igualdade de direitos e deveres e que vincula a ambos como responsáveis pelos encargos da família. Traduzindo, trata-se de um contrato no qual as partes tornam-se sócias para manter uma unidade familiar.

Evidentemente, quase nunca levamos em conta o preceito legal quando estabelecemos a sociedade  familiar com os nossos cônjuges, tomando como referência o fogo e o tesão que sentimos um pelo outro como medida para mensurar a possibilidade de nos unirmos a outrem. Depois de algum tempo convivendo como namorados e noivos, levamos em conta se ainda existe a chama da paixão para darmos o passo adiante, oficializando a sociedade.

Assim, é lógico que depois de resistir alguns anos, o fogo que nos faz assumir a sociedade, vai se esgotando e, inevitavelmente, quando as demandas da manutenção da família são maiores que o tesão, a chama se esgota e o relacionamento esfria, deixando cada um dos membros de um lado, vivendo solitários em meio aos seus sentimentos afogados em lembranças do passado ou projeções de um futuro que, muitas vezes, não incluem o sócio.

Fato muito comum percebido nas conversas que tenho com alguns cornos, ou aspirantes, é que muitos casais, quando entram na crise ao perceber que o relacionamento esfriou, pensam em recorrer à prática do swing como forma de aquecer a relação. 

Este é um erro clássico e muito perigoso que pode levar a relação que já  está fraca à sua derrocada definitiva. Pense comigo, se o casal já não sente mais tanto desejo um pelo outro, abrir a relação e enfiar mais um casal no meio, com certeza não é uma atitude muito sensata. Fazendo o jogo da aproximação e conquista com a mulher ou o marido alheio, nos sentiremos tomados por aquele fogo juvenil que sentimos quando estamos no momento da conquista.

O problema é que agora não somos mais solteiros, o que significa que passar a desejar uma nova pessoa não é algo assim tão tranquilo, que termina e tudo bem. 

Apesar de estarmos muito empolgados na nova conquista, Não podemos nos dar ao luxo de esquecer que  ainda estamos dentro de uma relação contratual, casados ou convivendo com aquele "sócio",  de quem até podemos nos separar, mas não sem os desgastes e custos financeiros decorrentes de uma separação litigiosa. Além disso, é claro, não podemos nos deixar de levar em conta o respeito por aquela pessoa, que apesar do negócio jurídico existente, é a pessoa que amamos, ou que pelo ao menos um dia amamos.
 De tal maneira, é imprescindível lembrar que, quando surge uma nova pessoa que acende o fogo, desperta a paixão, temos ali, do nosso lado, aquele ser que pode estar observando e se sentindo deixada de lado ao nos ver investindo tanto na nova conquista. O mesmo se se aplica quando olhamos para o lado e percebemos a nossa esposa toda apaixonadinha pelo outro, o que pode nos trazer a sensação de termos sido deixado de lado. 

Inevitavelmente, o ciume chegará e aquela ideia de aquecer a relação que estava morna, transformou-se no inferno conjugal. 

Claro que isso não é uma regra absoluta, mas é o que vejo acontecer muito. Assim, por precaução, recomendo sempre que evitem inserir novos parceiros se a relação estiver esfriando.

E o que devemos fazer então?


Para evitar o risco de entrar numa tempestade conjugal, o conselho clássico, a regra de ouro para evitar qualquer crise na relação é a clássica evite a rotina. Agindo proativamente, propondo novidades, lugares, situações, encontros, além de criar um escudo contra o mal que abala todos os relacionamentos, você já vai abrindo espaço para a entrada de um terceiro no momento oportuno, já que o novo é a regra do casal.

Tenha em mente que tentar salvar a sua relação com um terceiro membro na cama é o mesmo que jogar uma pá de cal sobre o que está morrendo. Quando estamos em uma relação que esfriou, a presença de um terceiro só nos faz ver o que deixamos de fazer e o que esquecemos que a outra parte do casal gosta na cama. Às vezes, num tom de desespero, pode-se chegar até ao extremos de tentar fazer igual ou melhor que o amante faz e isso vai despertar um sentimento péssimo tanto em você quanto na sua esposa que claramente perceberá que você está apenas tentando marcar um território que já havia abandonado.

Dai para rolar uma cena chata, broxante no meio de uma transa a três é um pulo. E dali pra frente, ou é a separação definitiva ou o fim das aventuras a três, o que vai deixar o corno mais infeliz ainda, quando o fetiche de ver a esposa na cama com outro for o seu desejo maior.

Assim, caro corno, é recomendável que, antes de trazer o macho alfa para a sua cama, cuide da saúde do seu relacionamento com a sua esposa. Estabelecida a saúde conjugal, tendo uma relação caracterizada pela quebra da rotina, convivendo com o inesperado, o casal está devidamente fortalecido para receber aquele terceiro na sua cama. 

Longe das crises, o casal tem tranquilidade para inserir um novo elemento na relação sem que este seja um ponto de desequilíbrio. Estando firme, o casal não há de se sentir inseguro se ela se arruma mais quando vai sair com aquele macho alfa que de vez em quando participa da relação. 

Estando numa relação estável com a sua esposa, as aventuras sexuais com um terceiro surtirá um efeito positivo, contrário ao que se percebe em casais que estão em crise e buscam no terceiro o equilíbrio impossível. O marido seguro que quer ser corno e que tem o amor da sua esposa, passa a sentir prazer já em vê-la se preparando para ele, chegando ao ponto de se sentir feliz até mesmo por fazer um certo jejum, passando um ou dois dias sem comer a própria esposa para que ela chegue mais apertadinha no encontro com o amante, passando a ser um cúmplice dela nas suas aventuras sexuais fora do casamento, que com certeza, é um casamento que tem tudo para ser feliz por um longo tempo.