#125 - De comedor a corno (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

o que faz um garanhão, macho alfa, comedor contumaz, transformar-se num corno manso e obediente aos ditames e desejos da sua esposa e do seu amante? É possível transmutar-se daquele que sente prazer em comer a mulher alheia para aquele que sente prazer em ver a sua mulher sendo possuída por outrem? 

No post de hoje do Blog Meus Chifres, trago uma questão que, por incrível que pareça não é nada raro por ai e que povoa a mente de muitos machos comedores no mais recônditos recantos de suas mentes ávidas pelo prazer de ser um corno manso.

Desde que iniciei o meu trabalho neste blog, tenho tido a oportunidade de conversar com muitos homens que, assim como eu, conseguiram superar os tabus e preconceitos sociais, e se libertar para uma vivência sexual plena e intensa, experimentando o prazer no sentido mais amplo possível ao ver a sua amada atingindo orgasmos em outros braços.

Entre tantas questões que povoa nossa mentes há aquela que talvez tenha sido a que mais foi tocada em praticamente todas as conversas que pude ter com os amigos leitores com quem me comunico por e-mail ou no nosso grupo de  whatsapp. Praticamente todos eles, incluindo a mim mesmo, passaram pela mágica transição do papel de macho alfa ao corno manso.

Forjados para se transformar no modelo de macho-hétero-alfa, o garoto que vem ao mundo numa típica família da nossa sociedade passa por uma intensa pressão da nossa cultura machista, no sentido de ser formar um comedor contumaz, um devorador de vaginas, para se manter o orgulho da família. Diante de tanta pressão é praticamente impossível chegar em outro lugar se não o de um perfeito comedor. Aquele cara que está de pau duro 24h por dia, pronto para pegar qualquer garota que precise do seu pênis, viril, última Coca-Cola do deserto. 

Porém como a lei da natureza é implacável, tudo o que sobe, desce. Depois de passar muitos anos sob pressão, a cabeça do macho alfa, não suportando mais  às forças a que foi submetida por tanto tempo, assim como um balão, explode e liberta o ser para a experiência de uma vida livre e realmente dedicada ao que lhe dá prazer sem a interferência do gosto de terceiros. 

Quase que unanimidade entre os interlocutores deste blog, o prazer de levar um chifre, surge depois de uma experiência libertadora com uma garota atrevida. Seja ela uma namorada inquieta, seja uma personagem de um filme mais ou menos pornográfico ou até mesmo uma personagem literária, a figura da garota liberada exerce um intenso poder sobre nós homens, machos alfa que deseja no seu intimo, uma fêmea que nos coloque no nosso devido lugar de corno.

Parte expressiva do universo consultado durante essa investigação relata que sentiu a primeira ereção com a fantasia de ser um corno ao assistir um filme no qual a mulher se relacionava com outro homem diante do seu parceiro. O universo da dramaturgia explica tal fenômeno através do conceito de "catarse" que seria uma espécie de transmissão de sentimentos que ocorre entre o espectador da ação teatral e os atores que representam no palco, quando o espectador, coloca-se no lugar das personagens da cena, passando a sentir em si, as emoções daquele a quem assiste na representação.

Assim, podemos perceber que é válida a ideia de que aquela ereção involuntária que sentimos ao assistir uma cena de um filme erótico no qual a mulher comprometida transa com outros homens que não o seu parceiro, é uma manifestação dessa catarse que nos diz a verdade até então escondida: existe prazer em ver a sua fêmea com outro macho.

Um pouco menos citado entre as fontes, o fenômeno do tesão sentido ao ouvir relatos de mulheres que traíram seus maridos/namorados também é um forte indicativo do desejo reprimido de estar no lugar daquele que foi feito de corno. A justificativa para tal sensação pode correr pela mesma linha de raciocínio anteriormente citada: a catarse, afinal ouvir o relato de um marido que toma chifres, tem quase o mesmo peso de assistir um filme ou ler um livro sobre o assunto.

Mais raras, porém  existentes, são as manifestações de situações nas quais o corno, ainda pequeno tinha certa curiosidade quando ouvia o pai manifestando ciúmes pela mãe, colocando nela a responsabilidade por olhares e/ou cantadas recebidas dos garanhões de plantão. Os poucos cornos que manifestaram consciência sobre esse fato, afirmaram sentir um certo prazer ao comer a mulher casada e lembrar-se da situação vivenciada diante das cobranças do pai, como se, numa relação freudiana, tivesse a certeza da culpa da mãe e a punisse pelo ato a ela impingindo.

Motivos à parte, percebi nos relatos que ouvi que, mesmo diante de toda uma cultura de machismo, temos o DNA do corno no nosso sangue e não é muito difícil sentir a manifestação dele quando nos deparamos diante de um relato de um manso que é coroado pela sua deliciosa putinha que se entrega aos garanhões de plantão.

No próximo post teremos um relato de um dos nossos colaboradores, corno de carteirinha, que já enfiou chifres até no pai de um amigo e hoje arrasta um trem para levar um chifre.

Não perca!

Comentários

  1. Francisco Sales18/11/2019, 08:13

    Amigo, lendo esse post fiquei vermelho de vergonha pois até parece que fui um dos seus entrevistados.
    Sou um poiucde cada um desses casos que vc descreveu no post, até mesmo no quenidz respeito à coisa do pai..muitas vezes, quando garoto me via excitado quando meu pai brigava com minha mãe (que sempre foi uma mulher muito bonita) quando ela chamava a atenção de outros homens em festas de carnaval e etc.
    Hoje assisto filmes (inclusive os queqvoce indicou aqui no blog, me sentindo no lugar dos homens que são traídos pelas suas esposas e osso me faz gozar littos (agora compreendo por quê...rs)
    Vou te enviar um e-mail pois tenho interesse em participar do grupo de Whats TB.
    Muito obrigado pelo seu blog. Ele é uma ilha neste mar de solidão em que vivo

    ResponderExcluir
  2. Depois desta pequena ausência na visita aos blogs amigos, venho desejar uma boa semana.

    Kique

    https://caminhos-percorridos2017.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Isso e muito comum....creio que no fundo todo comedor gosta tambem de experimentar levar uma chifrada, porem creio que a preferencia por um polo seja mantida. Minha essência e de comedor, nao tem jeito. Nao sou homem de uma mulher so, nunca. Mas confesso que posso sim um dia, me envolver com uma mulher com DNA de puta e vir a ser o corno dela, sem o menor problema, pois sempre fui contra o machismo. Porem a submissao a esposa seria bastante limitada, jamais aceitaria humilhaçoes pesadas ou forçar a fazer coisas que nao gosto, isso esfria o clima comigo e corta o tesão e continuaria a sair com outras mulheres, disso nao abro mão. Afinal minha essencia e de comedor e não de corno. Posso ate ficar fiel por um tempo (pouco tempo, no maximo 1 ano), para homenagear o poder feminino que existe e é muito avassalador quando pega.a.nos homens...mas ficar.fiel pra.sempre.nao da...seria como se destruisse.minha essencia...ai nao rola..ai o que é uma gostosa brincadeira vira.perversao...ai to fora.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro anônimo,

      Inicialmente agradeço pela sua participação construtiva e muito pertinente no nosso blog.

      Andei fazendo alguns estudos e li alguns teóricos que diziam que quando a pessoa se comporta assim (comedor que tem mais tesão na casada que não é liberada) é pela existência de uma pulsão que adormece nele.

      Trocando em miúdos, é como se o cara quisesse uma mulher casada com um corno para se sentir o próprio corno, pois sabe que ela vai transar com outro homem depois enquanto ele lembra dela.

      Particularmente, eu passei por isso, lá atrás enquanto namorava a garota que me pôs os primeiros chifres.

      Eu tinha tesão incontrolável por garotas que tinha namorado. Virava o mundo de cabeça para baixo para conquistá-las e comê-las e quando estava na cama com elas, imaginava sendo a minha namorada com outros homens.


      Quanto à questão de aceitar ser humilhado ou não, apenas digo uma coisa, por experiência própria aceite o conselho do ditado popular que diz que nunca devemos afirmar que "dessa agua não beberei". Eu tb pensava assim e hoje tanto mais ela me humilhe, maior é o tesão que sinto na situação.

      Os seres humanos estão em constante evolução.

      #ficaadica

      Excluir

Postar um comentário

Use o bom senso e verifique se sua participação neste espaço é pertinente. Comentários ofensivos, desfocados, propagandas serão removidos.