#159 - "Começa a nascer um corno manso" (Relato)

Caros amigos de chifres, 

mais uma vez temos o prazer de compartilhar com todos vocês, o relato do surgimento de um corno manso.

A postagem de hoje, é escrita pelo M, um dos nossos membros do grupo no Whatsapp. Corno raiz, como ele mesmo se intitula, M sente-se orgulhoso por ser um dos mais antigos cornos do grupo, levando chifre da esposa há pelo menos 3 décadas.

Segue o relato do corno carioca

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Casado há 34 anos, acumulo o mesto tempo de chifre. Há uns 16 anos descobri sem querer, ao perceber minha mulher conversando com o amante pelo telefone em nossa cama. À princípio, pensei que fosse comigo, pois ela falava as mesmas sacanagens que falava normalmente, na nossa intimidade. No entanto, para a minha ingrata surpresa,  vi que falava com alguém ao telefone. 

Nesse momento quase fiz uma besteira , invadi o quarto irado. Tínhamos bebidos umas geladas e ela, sabendo do meu temperamento, escondeu o telefone entre as pernas, negando veementemente o acontecido. Como um corno, ainda, indomando, tomado pela ira, quase tirei a vida dela naquela hora. O seu rosto me olhando, aterrorizada e indefesa fez com que eu caísse em mim e vi que não valia a pena tirar a vida da mulher que eu tanto amava.

Ainda tomado pela cólera, tentei arrastá-la para fora do quarto, até quando o nosso filho entrou e pediu que eu me acalmasse, propondo que ela fosse embora de casa. 

Os dias se passaram e ela não se foi, fazendo com que, aos poucos , eu passasse a conviver com a sombra de um amante no meu lar. Brigávamos muito pois ela não deixou de vê-lo escondido e assim foi que eu fui me habituando e, aos poucos, quase que imperceptivelmente, sentindo uma certa excitação com a situação.

De vez em quando ela dava mole eu pegava o seu telefone para ver se eles tinham se falado e sempre que eu pegava as mensagens trocadas entre eles, me via excitado com as imagens que me tomavam a mente.  Imagino que foi ai  que começou o fetiche, acho eu, começa a nascer um corno manso!

O tempo passou e cerca de uns quinze anos mais tarde ela apareceu com uma tattoo. Ela tatuou letra "A" na sua região pubiana. Enquanto estava na casa de praia. Brigamos pela tattoo quase nos separamos de fato, sem que ele dissesse qual o verdadeiro significado daquela letra marcada no corpo da minha mulher.

Como o ser humano adpata-se às condições em que vive, acabei me acostumando à presença daquela letra no corpo da minha mulher. Mais que acostumado, passei a me sentir excitado, pois toda vez que transava com ela, aquela tattoo que me irritava, também me excitava, sobretudo quando surgiam boatos de alguma transa dela perto de nossa casa e em São Paulo, na casa do nosso filho.

Diz o ditado que toda água corre para o mar e assim foi que, há  uns três anos atrás, comecei a entrar nas páginas de poliamores e fui me inteirando e me interessando pelo tema, sem saber que ela, nesse tempo todo, sempre teve o mesmo amante, fora os ocasionais. Sem saber o que o destino me preparava, fui percebendo e comecei a aceitar a ideia de que se uma mulher mantém um romance por mais de trinta anos algum sentimento existe.

Inevitavelmente, das páginas de poliamores foi um pulo para as de cornos. Me encontrei nos relatos dos cornos e então resolvi conversar com minha mulher para lhe dizer que se ela queria se encontrar com o amante eu não ia mais brigar. Para minha surpresa, eles não saiam mais. Tinham virados amigos, ou melhor ela deixou de sair com ele.

Há anos eu já sabia o número dele , então resolvi mandar um ZAP para ele, e então começamos a conversar e trocar idéias. No início ela não gostou, mas ela nada pode fazer. Só que o cara sumiu do ZAP meu e dela. Resumindo, o cara sumiu depois surgiu a notícia que ele morreu.

Ela sempre falou que o nome do cara era Edu, porém, pouco tempo depois de umas geladas ela sem s ligar falou o nome dele real: Adilson.... Aí caiu a ficha para mim. Ela não teve como negar que a tattoo foi para ele. "A" de amante, Adilson..... "A" de amor!

Só que nessa história,  agora que eu tinha assumido o chifre tinha acabado. Assim tive que cair em campo, e tratei de arrumar um novo amante.  Ela deu as condições, exigindo que fosse do mesmo porte do antigo amante da tattoo,1,90 , pirocudo ,educado ... Foi ai que encontrei um cara nesse padrão,moreno 1.91 cm, 21 cm de piroca educado com um belo sorriso que conquistou minha mulher, bebe Brahma é Vasco, assim como eu.

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