#280 - O pênis é o que menos importa (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

No post de hoje do Blog Meus Chifres, temos mais uma urgente e necessária reflexão em torno de uma das coisas que mais incomoda, tanto a nós maridos cornos, quanto às nossas deliciosas esposas liberadas que é a falta de noção daqueles punheteiros que juram que são comedores de mulheres liberadas.

Agindo como urubus à procura de carniça, os punheteiros muitas vezes nos fazem dar um tempo do fetiche por conseguirem transformar nossos momento de buscas por um amante para nossas esposas em momentos desagradáveis por ter que lidar com tamanha falta de bom senso, educação e modos.

O post de hoje nasce de um momento em que, no nosso grupo no whatsapp, um dos ditos "comedores" larga a seguinte pérola depois de ver a foto da esposa do Roger, o corno que nos enviou o delicioso relato do post#279, sem dúvida alguma, uma das mais deliciosas esposas de corno da nossa comunidade.

O pseudo comedor, exibindo a sua falta de noção habitual, largou um "Mas que gostosa, adoraria possuir ela (sic)"  segundos depois do corno compartilhar conosco uma das fotos da sua deliciosa esposa. Mesmo compreendendo que estamos num grupo de conversas liberais, e que a esposa do nosso amigo é realmente uma delícia, não pudemos nos calar diante de tamanha manifestação de falta de bom senso, colocando a hotwife na condição de objeto que o otário se achava no direito de possuir.

As reações da comunidade foram rápidas, demonstrando o nosso incômodo que hoje compartilhamos para que os nossos leitores que aspiram à condição de machos alfa de um casal liberal, balise o seu pensamento e veja se é possível se comportar de maneira menos arrogante e agressiva.

E se não for possível, que caia fora do nosso ambiente o quanto antes, nos livrando da sua desagradável existência. 

Começamos bradando contra a péssima escolha pelo temo "possuir". Expressões tais quais essas, emergentes da mais machista literatura pornô que se propagou no nosso país na década de 1980 é um incontestável ponto negativo quando estamos dialogando com o candidato para marcar um encontro.

O candidato a comedor 

tem que ter a ciência de que ele exerce um papel complementar na relação do casal liberal. Certo que existem aqueles casos nos quais o casal está aberto para a total submissão ao macho alfa, mas é imprescindível ter em mente que mulheres podem até curtir esse tipo de linguajar na hora da transa, no clima do momento, o que é bem diferente de uma conversa de aproximação e mais ainda quando se está num grupo com mais de 70 interlocutores, sem nenhum tipo de intimidade estabelecida. 

Deixamos uma dica de ouro para vocês que se acham comedores: "quando forem falar com casal, sejam verdadeiros, transparentes". Sendo você mesmo, você facilita a nossa vida (e a nossa relação) uma vez que é muito fácil detectar mentiras na escrita.  Se realmente você for um cara serio e esteja preocupado com o prazer das nossas esposas, nunca use expressões chulas de machos alfas de fotonovela pornográfica de quinta categoria, a menos que o casal expresse claramente a vontade de dialogar sob esse nível lexical.

Um dos membros do nosso grupo no Whatsapp comentou relatando que "minha namorada broxou com um cara do BDSM pois ele tinha fantasia da mulher dele dominar outra mulher, causando um conflito com o fetiche da minha namorada que só queria foder com um dominador. Ele insistiu nisso por ser dominador e perdeu uma foda com minha namorada. Ou seja, o comedor não pode ser egoísta. Aí perde e fica só na vontade.

Esse tipo de comportamento intransigente, associado ao mais xulo vocabulário, me remete às mais podres produções da indústria do cinema pornográfico nacional.  Não sei se, no caso do cinema, trata-se de uma técnica de comunicação dirigida para um público menos exigente ou se, via de regra, o léxico das pessoas que se aventuram a escrever neste setor é paupérrimo, beirando o grotesco e reproduzindo uma estrutura sexista, discriminatória e, por isso mesmo, demasiadamente perigosa justamente por manter uma ordem opressiva secularmente imposta.

Por isso, reitero a dica do colega de chifre, membro da nossa comunidade no whatsapp, "seja você, mostre quem vc é ao natural, sem máscaras, sem mentiras, sem floreios".

Muitos candidatos já foram eliminados aqui em casa justamente por uma apresentação fake, insustentável após dez minutos de conversa, o que não nos inspira a menor confiança. Se o cara mente sobre quem ele é, quem garante que não mentirá sobre o faz ou deixará de fazer, sobretudo quando estivermos falando da nossa segurança e do sigilo que necessitamos?

Se o cara não é capaz de sustentar um diálogo por mais de dez minutos, o que há de se fazer com ele entre duas seções de sexo numa mesma noite, caso queiramos fazer uma "maratona sexual" por exemplo?  

Percebem como o casal observa algo muito além do pau do cara para "fechar" um encontro com ele? 

No fim das contas, o que menos importa é o pau. Se esse fosse o único critério que nos à busca de um complemento para as nossas relações, as sex shops resolveriam os nossos problemas. Estamos à procura de um parceiro sexual não de um pau apenas. Buscamos por parceiros que tenha em mente que quando um casal que tenha um nível diferenciado resolve abrir a relação, eles não vão se relacionar com pessoas que tenham um nível intelectual tão distante do seu, afinal ninguém investiria tanto na vida pessoal para se relacionar no âmbito sexual com pessoas de nível tão discrepante do seu.

A estratificação não se confunde com preconceito social. Muito pelo contrário! Trata-se de uma atitude de precaução e preservação pois até nas camadas menos abastadas da sociedade encontramos pessoas de bom senso neste mundo.

Na busca por um parceiro para as nossas esposas, a estratificação não se confunde com preconceito social. Muito pelo contrário, estamos lidando com a necessária tarefa de preparar o terreno para o estabelecimento de uma relação íntima e prazerosa, na qual as nossas esposas serão as protagonistas do evento. 

#ficaadica!