#382 - O excesso de conteúdo produzido atrapalha? (Reflexão)

Caros amigos de chifres,  o post de hoje do Blog Meus Chifres prolonga o diálogo sobre a interferência do conteúdo produzido no ambiente do fetiche cuckold X hotwife. O tema foi lançado no post anterior, atendendo a uma demanda de um dos nossos mais de 900 mil leitores que vem pautando o nosso blog ao longo dos nossos quase 6 anos de existência, ampliando o diálogo sobre o nosso fetiche nos mais de 50 países de onde o nosso blog é acessado por cornos, comedores, aspirantes, hotwives e curiosos.


No post #381, o leitor que preferiu não se identificar deixou no ar algumas questões tais como "
O excesso de conteúdo produzido, poderia ser um fator que o torna um ambiente de pornografia tóxica?" 
além de "
os "comedores" estão mais empenhados em manter uma boa performance apenas nas redes sociais ao invés de cuidar dos contatos e relações reais?" e, por fim, os "comedores" realmente estão se perdendo, diante dessa onda de conteúdo pago e acesso facilitado ao fetiche pelas redes sociais?" . Assim, percebemos o inevitável surgimento de uma breve série de postagens iniciadas no post anterior e que deve se encerrar no próximo, nos quais abordaremos as questões levantadas pelo leitor a fim de compreender melhor o cenário que pode ser considerado, no mínimo, curioso, diante da imensa e cada vez mais crescente ofertas de hotwives num cenário em que cada vez mais é mais difícil concretizar um chifre pela falta de comedores.

Excesso de conteúdo X qualidade da comunicação 

O fenômeno da Internet trouxe uma série de benefícios para a sociedade eliminando fronteiras, encurtando distâncias e abreviando prazos. Quem já dependeu do serviço postal para se comunicar com algum amigo ou parente distante, bem sabe o quanto a internet facilitou o diálogo que antes levava ate 14 dias para que uma mensagem emitida pudesse lida e respondida pelo interlocutor. A facilidade e velocidade do sistema digital nos permitiu conversar com pessoas do outro lado do país de modo instantâneo e sem depender de intermediários. 

Porém, como tudo tem um preço, a democratização do acesso à rede mundial e suas redes sociais, fez com que o quantitativo de conteúdo produzido logo se tornasse um problema não só de armazenamento mas, sobretudo, de qualidade.  A proliferação de produtores e a ausência de um bom senso fez com que toda porcaria que se possa imaginar pudesse ser compartilhada, superlotando o ambiente e facilitando o acesso ao produto de baixa qualidade.

Inevitavelmente, e sobretudo em tempos de pouca leitura, pessoas menos exigentes, com menor capacidade intelectual se sentem satisfeitas com aquele conteúdo de baixa qualidade por ser de fácil leitura visto que lhe exige menos exercício intelectual para o compreender e assimilar.

Assim, o cérebro sedentário por falta de atividade intelectual passa a se sentir satisfeito com aquele material que lhe causa um prazer imediato dispensando funções intelectuais que normalmente seriam utilizadas para nos auxiliar a encontrar o prazer tais quais a imaginação e a memória, bem como o tato, o olfato, elementos indispensáveis na realização do prazer sexual pleno.

Neste contexto, vimos ao longo das últimas décadas, a proliferação de sites direcionados ao conteúdo pornográfico que primeiramente supriu uma lacuna necessária à sexualidade e prazer humano porém, logo passou a se tornar um problema para a sexualidade das pessoas dado o seu fácil acesso e a sua infinitude de material diariamente produzido.

Há décadas os cientistas vem nos alertando para o risco do consumo excessivo de material pornográfico. O uso indiscriminado e prolongado do estímulo oferecido pela indústria pornô pode causar um efeito semelhante a um incêndio florestal na mente humana que perderá a sua fertilidade diante do excesso de pornografia tal qual o solo de uma floresta imolada pelo fogo. 

De tal maneira, uma das mais importantes fases da construção do prazer passa ser seriamente ameaçada. Aquela etapa que depende do diálogo, da comunicação do sentidos e intenções se perde em decorrência do ilusório ambiente do conteúdo pornográfico que se atém à conjunção carnal e ao gozo deixando de lado, como se não existisse, todo o ritual de abordagem ao ser desejado para somente depois chegar às intimidades.

Com isso, não por um acaso passamos a viver uma era de um inimaginável paradoxo: Ao passo em que estamos conquistando mais liberdade sexual e ampliando as práticas sexuais , mais vai ficando difícil encontrar um parceiro com quem possamos alinhar o nosso desejo a fim de alcançar um prazer compartilhado com terceiros.

É bom destacar que tal paradoxo só se configura quando estamos falando obviamente de pessoas, casais que ainda mantém o hábito do exercício intelectual. Aqueles que já desceram o  nível para o referencial mais baixo de intelectualidade não se sentirá incomodado com esse tipo ambiente pois já terá como normal o paradigma de sexo como manifestação carnal pura e simplesmente.

Não que estejamos defendendo um nível de relacionamento que atraia conceitos como "amor", "companheirismo" ou algo do tipo para o ambiente do fetiche liberal. Muito pelo contrário, estamos falando de pessoas que entendam que e tal ambiente, por mais instantâneas que sejam as relações, elas são praticadas por seres humanos que são dotados de sentimentos e que a presença de um na vida do outro, deverá ser, ao menos, lembrada pelo nível de respeito ao que há de humano no outro com quem se deita para uma sessão de sexo.

Assim, imaginamos que a proliferação de conteúdo produzido para os fins do prazer, marcado por características como o curto tempo de exibição (Já que ninguém passará 30 minutos ou mais se masturbando para atingir o orgasmo), ou a necessidade de promover a excitação imediata, além da baixa qualidade e falta de competência técnica de atores e atrizes que consigam reproduzir um mínimo de verdade no seu desempenho cênico faz com que o seu consumidor passe a se acostumar com  um tipo de pessoas ou relacionamentos que não se encontra na realidade e por esse motivo, deixa o consumidor do conteúdo pornô inabilitado para o contato sexual real com pessoas reais, na realidade.

Talvez seja essa uma explicação, ou direção para compreender a crescente onda de pessoas que procuram o meio liberal estimuladas pelo que veem nos vídeos de realidade produzida disponibilizados em plataformas como o X-Vídeos, o PornoHub ou o Hamster, entre outros e que não consegue lidar com a realidade que existe além do ambiente dos vídeos pornôs a que lhes serviu de alimento para as suas mentes de capacidade cada vez mais reduzida de compreender a amplitude de possibilidades que a realidade lhes oferece.

Estaríamos então num caminho sem volta?

Comentários

  1. Eu acho o tema super válido! E de novo eu acho que vocês meninos consomem pornografia demais. Acho que a pornografia deve ser usada como um estimulante mas não da forma como está sendo consumida hoje em dia. Principalmente por vcs homens. Prova disso é que estou quase 3 anos saindo e tendo encontros casuais (sem meu marido saber) e até hoje só saí com apenas um homem que fosse realmente "comedor"... do meio liberal. É um sexo ousado, com pegada deliciosa, mesmo sem conhece-lo parecia que ele sabia exatamente onde me pegar e o que fazer. Os puchões nos cabelos a dominação é diferente... ele realmente sabia como me fazer de puta e ser bem comida... O problema é que pelo excesso de conteúdo na rede também tem aqueles que se dizem "comedores" mas não são. É claro que existem os comedores de verdade e que pela distância é difícil de encontrar e combinar uma transa gostosa, mas existem muitos que estão preocupados apenas em fantasiar, sem intenção real do encontro. Pior ainda quando marcamos e o ato não dura 10 minutos... estão acostumados a se masturbarem assistindo vídeos mas não conseguem desempenho diante de uma mulher real de carne e osso. Estão acostumados a assistirem vídeos de anal e não sabem comer uma bcta... e quando deixo irem pela porta de tras... aí que gozam rápido pois não estão acostumados. Que comedores são esses que não estão acostumados a comer por trás a ponto de gozarem tão rápido assim? E se não estão acostumados a comerem atrás a ponto de gozarem tão rápido... por que insistem tanto? Não estou dizendo que homem não possa gozar rápido, não é isso! Mas é revoltante as vezes sair com falsos "comedores" assim. É mais fácil apresentar-se como o normal que são: homens em busca de sexo casual. Para mim essa pressão toda de querer fazer melhor que os outros, de ter que toma para sí o rótulo de comedor (quando não são), etc... é produto de um consumo excessivo de pornografia. Eu acho que a pornografia pode ser saudável: mexe com a imaginação do casal (principalmente do homem), excita, estimula, serve de alívio para os solteiros... mas como tudo na vida é preciso evitar os excessos. Desculpe a sinceridade...

    Beijos,

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    1. Olá Regina,
      Como sempre o seu olhar cirúrgico vai direto ao centro da questão. Parabéns pela lucidez e muito obrigado por nos ajudar a entender melhor a situação com o ponto de vista feminino que é parte mais impactada pela desastrosa participação dos abjetos falsos comedores.

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    2. Oi querido, bom dia!

      Pois é.. cheio de falsos comedores que não sabem comer uma bcta...quanto mais um c*... mas ainda assim se dizem "comedores". Estão cheios de performance na internet, mas diante d euma mulher de carne e osso não duram 10 minutos. É difícil.. os homens estão consumindo pornografia demais e esquecendo do mundo real. Beijos, Rê

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    3. Temos algo em comum, ambos pulamos a cerca sem o parceiro ter conhecimento. Quanto ao tema "comedor", é um termo que não aprecio, apesar de ter relacionamento com casais na "óptica" de comer a esposa (e o marido, se se proporcionar, já aconteceu). Creio que para além da catalogação o que importa, como diz, é o desempenho. E, modéstia aparte, com os meus 60 ainda vou lá atrás na terceira rodada, se me faço entender. Creio que a pornografia aqui entra de forma negativa como refere, se o homem fizer na sua cabeça os filmes que pretende reproduzir vistos nos canais pornográficos. Em resumo, o "comedor" nem sempre é aquele bruto, feio e a cheirar a cavalo, pode e deve ser bem cheiroso, simpático e charmoso e ter um desempenho sexual que no mínimo corresponda às expectativas da mulher ou do casal. Um beijo.

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    4. Oi querido As de Espadas, boa noite. Nossa isso é bem verdade viu. Mas também eu não esperava algo diferente vindo de um homem mais maduro como você demonstra ser. Homens mais maduros são mais charmosos, desinibidos e e entendem melhor as situações. Até pelo fato de eu sair sem meu marido saber ..acho que homens maduros entendem melhor minha situação. Tenho receio com novinhos....eles costumam confundir as coisas entende? E a maioria parece que só conhecem pornografia...eles tem dificuldade de entender uma mulher de carne e osso rs

      Prefiro os mais velhos rs

      Você de onde?
      (curiosa)rs

      Bjos,

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  2. Sou casado a 10 anos e nunca realizei o fetiche. Algo estranho aconteceu esses dias. Comendo a esposa de 4, ela começou a se masturbar ao mesmo tempo. Nunca tinha visto. Será q aconteceu algo?

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    1. Caro Anônimo, com certeza, ela passou a se masturbar enquanto vc a penetrava por causa de algo que não aconteceu. Recomendo que verifique se há algo que possa melhorar em sua performance pois, pelo visto, ela está precisando de um "estímulo extra" para gozar tb.

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