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Os dias que se seguiram à nossa conversa foram marcados por um silêncio diferente. Mia continuava gentil e carinhosa, mas havia algo em sua energia que me fazia sentir como se estivéssemos vivendo em lados opostos de um abismo invisível. Ela precisava de tempo, e eu sabia que pressioná-la não ajudaria. Então, esperei.
Uma semana depois, numa noite mais fresca, enquanto jantávamos na sala de jantar iluminada pela luz amarelada da luminária, Mia finalmente quebrou o silêncio.
— Daniel, eu pensei muito sobre o que você me disse.
Deixei os talheres de lado, percebendo que aquela era uma conversa importante.
— E?
Ela respirou fundo, o peito subindo e descendo devagar. Seus olhos buscaram os meus, e ali havia um misto de confusão e algo que parecia ser determinação.
— Não vou mentir. O que você me contou foi um choque. — Sua voz era firme, mas serena. — Eu cresci em um lar onde coisas assim nunca eram sequer mencionadas. Onde desejo era algo... controlado, quase pecaminoso.
Assenti, esperando que ela continuasse.
— Mas você é meu marido, e eu te amo. E se isso é algo que faz parte de você, eu quero tentar entender.
Aquelas palavras foram como um alívio que percorreu meu corpo inteiro. Não sabia exatamente onde aquilo nos levaria, mas o simples fato de Mia estar disposta a tentar era mais do que eu poderia esperar.
— Obrigado, Mia. Isso significa muito para mim.
Ela sorriu de leve, mas não era um sorriso de completa aceitação. Era o sorriso de alguém que estava prestes a explorar um território desconhecido, com medo do que poderia encontrar.
— Mas quero que a gente vá devagar — acrescentou ela. — Não me peça nada além do que eu possa suportar.
— Nunca faria isso. Prometo que você terá controle total sobre tudo.
Nos meses que se seguiram, Mia começou a testar os limites de sua zona de conforto. De início, era algo sutil. Durante uma viagem de fim de semana a uma pousada em uma cidade próxima, ela usou pela primeira vez um vestido que era um pouco mais transparente do que o habitual. Quando saímos para jantar, pude notar os olhares dos outros homens à nossa volta.
Mia estava nervosa, mas também havia algo nela que parecia se divertir com a atenção. Quando voltamos ao quarto naquela noite, ela comentou.
— Você viu como aquele homem na entrada me olhou?
Eu não sabia exatamente o que dizer, mas decidi ser honesto.
— Vi. Ele não conseguia tirar os olhos de você.
Ela riu, um riso baixo e nervoso, mas havia um brilho em seus olhos.
— Não sei por que, mas isso me deixou... estranhamente bem.
— Talvez porque você está começando a descobrir algo sobre você mesma.
Ela não respondeu de imediato, mas naquela noite, o sexo entre nós foi mais intenso do que nunca. Mia parecia diferente, mais solta, mais entregue.
Pouco a pouco, ela se tornou mais ousada. Começou a usar blusas com decotes discretos, mas que realçavam seus seios, e saia lápis que delineavam suas curvas. Eu percebia como os olhares masculinos a seguiam, e isso me deixava excitado de uma forma que só ela poderia entender.
Em outra viagem, dessa vez à praia, Mia deu um passo ainda maior. Ela usava um biquíni que não era exagerado, mas também não era algo que passasse despercebido. Quando saímos para caminhar pela areia, percebi que ela estava mais confiante. O vento balançava seus cabelos, e o sol dourava sua pele.— Está confortável com isso? — perguntei, tentando esconder minha própria excitação.
— Um pouco — respondeu ela, com um sorriso tímido. — É estranho, mas também... interessante.
Havia algo libertador na forma como ela estava lidando com a própria sensualidade, e eu sentia que estávamos construindo algo único juntos.
Algumas semanas depois, numa tarde tranquila em casa, Mia trouxe o assunto à tona novamente. Estávamos sentados no sofá, assistindo a um programa qualquer na TV, quando ela desligou o aparelho e virou-se para mim.
— Daniel, o que exatamente você gosta em exibicionismo?
A pergunta me pegou de surpresa, mas percebi que era uma chance de aprofundar o diálogo.
— Acho que é a ideia de ver você sendo admirada. Saber que outras pessoas reconhecem o quanto você é linda e desejável.
Ela corou, mas não desviou o olhar.
— E isso te excita?
— Muito. Mas não é só sobre excitação. É sobre o quanto eu te valorizo, sobre o orgulho que sinto de estar com você.
Mia ficou em silêncio por um momento, processando minhas palavras. Depois, sorriu de leve.
— Então, talvez, eu esteja começando a entender.
Aquela conversa foi um marco para nós. Mia começou a explorar sua sexualidade de uma forma que parecia natural, mas ainda dentro de seus limites. Eu sabia que ela ainda tinha dúvidas e receios, mas o simples fato de estar disposta a tentar significava tudo para mim.
Estávamos apenas começando a trilhar um caminho que seria, ao mesmo tempo, desafiador e excitante.
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Quando sai o próximo???
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