#205 - Vida liberal e religião. É possível conciliar? (Reflexão)

Caros amigos de chifres, 

no post de hoje, trago de volta uma questão levantada por um dos nossos leitores em um comentário feito no post #90, onde conversamos sobre as questões que impedem o homem de se assumir corno e se liberar para uma vida sexual plena.

Na ocasião, listamos três questões fundamentais que quase sempre estão presentes no discurso dos homens que sentem prazer em ver suas amadas com outros homens na cama, mas não podem assumir publicamente essa filosofia de vida. Entre os motivos que nos obrigam a silenciar e ocultar o nosso prazer sermos cornos estão as pressões de natureza cultural, psicológica e religiosa, tendo sido esta última, o foco do comentário do leitor, conforme podemos ver abaixo: 

Pergunta feita, vamos às respostas:

Olá amigo, 

Primeiramente, quero agradecer a sua participação acompanhando e trazendo o seu comentário que amplia a discussão em torno dessa reflexão.

Quanto à sua primeira pergunta, respondo que sim. Somos adeptos a uma determinada religião  e cuidamos de seguir á risca todos os mandamentos e sacramentos que dela são emanados. Adentrando na segunda pergunta digo que organizamos as nossas vidas de modo que uma coisa não se misture com a outra, naquilo em que a religião e a vida sexual não são compatíveis. Não focamos em encontrar contatos sexuais no ambiente religioso, bem como não nos ocupamos com doutrinações religiosas na hora do sexo.

Temos algumas reservas quanto às pessoas de determinadas denominações religiosas, pois percebemos nessas pessoas uma forte inclinação à hipocrisia e ao costume de se aproveitar de terceiros, muito praticados em suas vidas religiosas. Neste sentido, a questão que nos afasta desse tipo de gente não é, em si, uma doutrina religiosa, mas sim a questão de não querer nos misturarmos com pessoas tóxicas de baixo-astral, o que é bem fácil de se achar em tais casas religiosas.

Acho que aqui fica claro que a forma como lidamos com nossa fé, diante da nossa prática religiosa fica evidente: Não fazemos, nem desejamos mal a ninguém e assim esperamos ser tratados pelos nossos parceiros. Se percebemos alguma tendência a um tipo de comportamento que não nos agrada, simplesmente o removemos da nossa lista de possibilidades e seguimos a nossa vida, como fazemos há quase 15 anos.

Quanto à sua terceira pergunta, sim a minha esposa é muito religiosa. Desde sempre ela frequenta a igreja e faz parte dos grupos de trabalho e formação nela existente. Já quanto à sua última pergunta, a resposta é não, ninguém lá sabe (ou pelo menos, imaginamos que saiba) da nossa intimidade fora daquele ambiente.

Até achamos que alguns já sabem, mas como não damos abertura para que se especule o assunto, eles devem ficar se matando de curiosidade, pois há mais de uma década que frequentamos o ciclo religioso, à cada vez que eles nos veem, estamos muito mais felizes e unidos.

Quanto à questão de lidar com as nossas práticas sexuais e as doutrinas religiosas, acreditamos que Deus nos deu o livre arbítrio para conduzirmos as  nossas vidas em busca da felicidade. Se o prazer fosse realmente contra os princípios divinos, Deus não nos teria feito com tantas zonas erógenas no corpo, nos permitindo ter prazer até mesmo sem penetração como é possível nas massagens tântricas, por exemplo.

Conforme citei no texto dos post #90, lá na Idade Média, por interesses políticos e econômicos, a Igreja Católica criou o pecado e o inferno, inexistentes até então.  Esse tipo de dominação aplica-se pelos líderes religiosos que tem função de arrecadar dinheiro (e atualmente votos) de um rebanho de fiéis que, ignorantes, abrem mão das suas essências para garantir a vida prazerosa dos líderes religiosos.

Muitos são os casos de líderes religiosos que mantém relacionamentos sexuais com seus fiéis que são noticiados por ai. Percebe-se que, quanto mais forte é a pressão da doutrina sobre a liberdade sexual dos seus fiéis, maiores e mais sacanas são os casos de perversão sexual das lideranças religiosas. Volta e meia vemos por ai, notícias de pastores que proíbem as relações sexuais de alguns casais de suas igrejas,  para manter relações com as esposas do "irmão" corno.

Lembre-se, Deus te fez livre e te deu a liberdade de escolha, o livre arbítrio. Procuramos viver sob o exemplo cristão de nos amarmos uns aos outros como Deus nos amou e não fazer mal a ninguém com nossas escolhas de vida.

Levamos tudo isso em conta no momento de escolher um parceiro para a nossa vida sexual e por isso conciliamos as nossas práticas com o que está escrito no livro sagrado, para  assim vivemos uma vida muito mais próxima do exemplo de cristo do que a de muitos membros de igreja que não perdem um culto, mas trai o parceiro, pagando de santo na frente do altar.