Chifre novo no Blog Meus Chifres!

#387 - Seis anos (Reflexão)

Caros amigos de chifres  o post e hoje do nosso Blog Meus Chifres mais uma vez tem o sabor de bolo e champagne pois é um post comemorativo a mais um aniversário do nosso Blog que há 6 anos iniciava como um ambiente de desabafo de um corno solitário e hoje orgulha-se de ser o ponto de encontro de quase 1 milhão de leitores  cornos, hotwives, comedores, aspirantes a cornos e curiosos que se estão descobrindo o mais intenso e prazeroso de todos os fetiches que se tem notícia. Já citamos no post de comemoração do nosso 5º aniversário   que "i niciei o projeto do blog para ter um espaço no qual eu pudesse dar vazão aos sentimentos que inundavam a minha mente" me permitindo  falar sobre o assunto que me fazia pulsar de tesão, naquele momento em que não conseguia mais me conter de tanto tesão à cada chifre que vinha tomando da minha esposa. De fato, consegui dar vazão ao sentimento de alegria  que emerge do tesão que sentia e ainda sinto à cada chifre que venho recebendo com o máx

#229 - "Depois de dez anos no swing, fui descoberta pela família e julgada pela igreja" (Reportagem)

Caros amigos de chifres,

No post de hoje do Blog Meus Chifres, retomando o tema abordado no post #205, voltamos a tocar na relação de sexualidade e vida religiosa, reproduzindo uma reportagem interessantíssima publicada pela revista Marie Claire, na qual um casal de evangélicos relata a sua experiência com o swing e a repercussão do fato que os levou à expulsão da comunidade religiosa. 

Marina Rotty (Foto: Mara Mendes)

 "Depois de dez anos no swing, fui descoberta pela família e julgada pela igreja"

Conhecida no meio evangélico, "Marina" e o marido praticavam swing há mais de uma década, mas não se sentiam seguros em compartilhar com família e amigos. Após uma entrevista viralizar, os dois foram reconhecidos por um parente e foram expostos para igreja, família e filhos.

Reprodução do texto original de LAURA REIF
Publicado originalmente em https://revistamarieclaire.globo.com/EuLeitora/noticia/2020/11/depois-de-dez-anos-no-swing-fui-descoberta-pela-familia-e-julgada-pela-igreja.html


“Me casei com Márcio há 21 anos, mas gente se conhece desde criancinha. Nossos pais frequentavam a mesma igreja evangélica. Quando crescemos, ele já não ia regularmente à igreja por muitos anos. Mas, por insistência da família, foi uma vez e me viu cantando. Fomos apresentados, nos abraçamos. E não nos largamos mais. 

Somos de famílias tradicionais evangélicas, então ir para o swing era uma coisa completamente impensável. Tanto que nos primeiros seis anos de casamento, nunca tínhamos ido nem em balada. Até o dia em que saímos para comemorar um aniversário de casamento e, no meio do caminho, um olhou para o outro e disse: 'Vamos fazer alguma coisa diferente hoje?'. Entramos então em uma casa de swing, por pura curiosidade. A gente nem pensava em se relacionar com outras pessoas, e, de fato, só tivemos algumas interaçõezinhas de toques. Nada, além disso. Saímos de lá, dizendo que nunca mais voltaríamos. Aquilo era completamente contra tudo o que acreditávamos.

Depois disso, começamos a transar todo dia, lembrando da experiência. E veio a dúvida: será que tinha sido legal? Como, se é errado? A vida inteira haviam nos ensinado que coisas assim são ruins, capazes de destruir vidas. Só que estávamos vivendo exatamente o contrário.

Resolvemos voltar para o swing. Uma vez, duas, muitas. E sempre saíamos de lá mais felizes, mais unidos, mais fortalecidos. Começamos então a questionar se o que haviam dito para nós era verdade. O que é swing de verdade? É transar, fazer troca de casais? Fomos entrando nesse universo cada vez mais. O ano era 2005.

Márcio sentiu uma grande mudança em mim, muitos problemas de autoestima que eu tinha simplesmente sumiram. Apesar de não ter informação na época, tínhamos muita vontade de contar o que estava acontecendo. Por isso, fizemos um blog e começamos a entender que também era legal trocar informações sobre o tema. Coisas que buscávamos saber e não encontrávamos em lugar nenhum.

Pesquisamos muito, mas estudamos realmente. História, antropologia. Com isso, fomos entendendo todo o funcionamento da religião cristã, como foi criada, para que servia, as castrações todas, a questão do feminismo... Como entendemos tudo isso, o sentimento de culpa nunca existiu. Tentamos levar as duas filosofias paralelamente, até porque nós também não deixamos de acreditar em Deus. Acreditamos em Deus, no céu, no diabo.

A gente só não acredita mais em regras de religião. E entendemos que elas colocaram, cada uma, suas regras para controlar as pessoas e não têm nada a ver com Deus. Deus é, inclusive, o criador do sexo. No fim, essa 'vida dupla' acabou não sendo tão difícil, afinal, nossa vida é uma só.

Foto de matéria que viralizou fez casal ser reconhecido pela família e pela igreja (Foto: Acervo Pessoal)

Durante 15 anos, ninguém da nossa família ou de nosso circulo social soube que fazíamos swing. Até que, em setembro, demos uma entrevista para um portal e mandamos algumas fotos para ilustrar a reportagem. Nelas, eu estava usando peruca e o Márcio, óculos escuros e um boné da nossa marca, Marina e Márcio. No fim do dia, um sobrinho dele telefonou dizendo que havia nos reconhecido. Em pouco tempo, a família toda estava sabendo. E logo a história chegou à comunidade da igreja.

O ponto dessa 'grande tragédia' foi justamente o seguinte: além de termos fama na religião, também temos fama no swing. Eu sempre fui de música, desde pequena canto e toco. E minha família também. Tenho vários CDs gravados, já me apresentei em vários congressos, sou professora de música na escola da igreja. Minhas irmãs e minha mãe, de 70 e tantos anos, cantavam comigo. Para minha mãe está sendo muito, muito difícil.

De tantas coisas que me chatearam, o que me deixou realmente abalada foi ter deixado minha mãe triste. Ela não aceitou nenhum tipo de conversa comigo. Sei que ela me ama e, quando conseguir, vai me procurar. Mas, mesmo sofrendo, entendi o lado dela. Levei anos para me adaptar a essa vida, por que ela não precisaria do tempo dela? 

Nossos pais tinham muito essa projeção de exibir os filhos, além da relação com a comunidade da igreja. A primeira coisa que eles se preocuparam, quando falaram com a gente, foi o que os outros iriam pensar. Não se a gente está bem, feliz. Isso nem passou pela cabeça deles.

Fui questionada sobre absolutamente tudo. Como mãe, como profissional. As pessoas só me vêem transando agora. Ficamos sabendo durante uma viagem e alguns comentários chegaram em nós. Especialmente de gente que achou um absurdo que 'largamos' os filhos para fazer festa.                             

A gente nunca falou 100% a verdade para nossos filhos, hoje com 18 e 15 anos. Eles perguntavam em que a gente trabalhava e dizíamos que cuidávamos de um site, que ajudámos casais nos relacionamentos. Sempre dessa forma, de acordo com a idade deles.

Meu caçula sempre questionava o porquê de a nossa marca se chamar Marina e Márcio se aquele não era meu nome -- Marina é meu pseudônimo no swing. Até dois anos atrás, quando encontrou um material de nossos cursos em casa e descobriu o endereço do blog. Ele entrou, leu tudo. Mas ficou pianinho, não falou nada. 

Depois que a história foi revelada para os restante da família, o mais velho falou que também já sabia. E os dois ficaram competindo para ver quem conhecia melhor nossa história. 'Sabia que eles têm vídeos no YouTube com mais de 40 mil visualizações?' Dizia um para o outro. Muito carinhosos, eles disseram que o importante é a família estar feliz. 

Sempre falamos muito sobre respeito, principalmente às mulheres. Agora, conversamos também bastante sobre como lidar com os olhares e comentários dos outros, como se proteger sem usar de agressividade. 'A maioria dos nossos amigos tem a família meio que destruída, pais que sempre brigam... A nossa é feliz, meus pais são felizes', me disse o caçula estes dias.  

Marina e Márcio (Foto: André Vieira)

Agora que nossa história saiu na mídia, os celulares de alguns amigos estão chovendo de mensagens, inclusive com vídeos que não são nossos, dizendo que somos nós.

Uma única amiga da igreja me procurou. O que ela disse, a gente já tinha percebido. 'Não sei se você sabe, mas a comunidade inteira inveja vocês. Felizes,  bonitos, sempre juntos.' Garanto que se houver julgamento divino, o julgamento será a nosso favor."

Comentários

  1. Sou evangélico casado fazem 19 anos, e não posso negar que já imaginei muitas vezes como seria ver minha esposa sendo aberta por outros homens, e na igreja sempre houve tanto para ela como para outras casadas olhares de desejo por parte dos irmãos e pastores também, então se a comunidade abrisse as portas para essa realidade talvez os irmãos "casados" pudessem desfrutar disso sem se sentir culpados e em comum acordo em encontros para casais organizados pela própria igreja, seria menos hipócrita, porém isso e uma utopia pois nunca será largada a religiosidade.

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    1. Caro amigo ,
      inicialmente agradeço pela sua participação no blog Meus Chifres. Seu feedback é o combustível para a continuação da nossa caminhada.

      Concordo com o seu ponto de vista. A hipocrisia que nós adulto tanto cultivamos, só nos afasta daquilo que realmente nos dá prazer nessa vida. Ora, se sua esposa é bonita, gostosa, chama a atenção dos irmãos de igreja e pastores, se isso te dá tesão, e se isso a estimulasse, pq não viver tudo dentro da segurança do círculo de irmãos?

      Fico imaginando o tanto de prazer e chifres que economizamos nessa vida.

      Um verdadeiro pecado!

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    2. OLÁ EVANGÉLICO !!!
      SE FOREM DE SP/CAPITAL E QUISEREM UM PAU AMIGO ...
      rogerio1123@yahoo.com.br

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    3. Olha ai amigos evangélicos que estão à procura de um belo par de chifres. Pelo visto há uma opção com experiências com casais da comunidade evangélica na área.

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  2. Por experiência própria isso é comum no meio evangélico, mas fica por baixo do tapete.

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