#436 - Chifre e finanças, uma relação muito delicada (2) (Reflexão)

Caros amigos de chifres, 

qual o limite da relação de casal liberal com os seus parceiros comedores? O dinheiro pode interferir nas relações estabelecidas entre um casal e os seus parceiros? E quando as coisas se misturam, há algum risco para a estabilidade do casal ou da relação do casal com o parceiro?

É com a intenção de lançar luz sobre essa delicada questão da relação que se estabelece entre os chifres e as finanças que o post de hoje do nosso Blog Meus Chifres mais uma vez aborda esse delicado assunto, já debatido nos posts #19, #23 e #394.

Dessa vez, a pauta foi levantada em uma das últimas conversas no nosso extinto grupo do Whatsapp, quando dialogávamos sobre a delicada relação entre os chifres e as finanças. Naquela ocasião,
 W, um dos membros do extinto grupo no whatsapp, comentava que o aniversário da sua esposa se aproximava e o amante dela iria pagar, a pedido dela,  um show de cantor que ela gostava muito e desejava para a sua festa.


Levando em conta a natureza humana e os inúmeros problemas que já presenciei e vejo por ai, originados pela explosiva mistura de dinheiro e sexo, retomo a seguir alguns dos ponto já debatidos nos posts #19#23 e #394., aos quais acrescento algumas observações a mais. 

Na sequencia cronológica, conforme conversamos em junho de 2018, ainda no início das reflexões sobre o fetiche, chamei a atenção para os cuidados que o marido corno deve ter com os custos do chifre que ele tanto deseja. 

"não havendo riscos de natureza financeira e até sendo um elemento que aumente o prazer, não há nenhum problema em bancar todos os custos para que o amante venha proporcionar o merecido prazer da sua esposa."

Lembro muito bem que escrevi esse conselho, naquele momento em que eu estava transitando entre o perfil do corno e do corno loser, aquele que sente prazer em ser humilhado pela esposa e pelo amante, tendo como uma das fontes da humilhação arcar com os custos do chifre que receberá em breve. Naquele momento de desenvolvimento do meu perfil de marido manso, o recado dado foi claro como a luz do sol:  o corno deve bancar o chifre.

Ainda, concluí a reflexão com a sugestão de que 

o limite deve ser estabelecido com uma certa margem de segurança antes de que se coloque as pessoas em condições de qualquer tipo de risco (social, moral, financeiro) afinal, o que se deve buscar é o prazer contínuo, que possa se repetir em outros momentos e para tanto, é necessário manter-se a segurança e a integridade, em todos os aspectos.

Instintivamente, seis anos antes do surgimento da pauta de hoje, eu já apontava para o entendimento que  me move a me posicionar, quando o amigo no Whatsapp comemora a intervenção financeira do amante da sua esposa nos custos da festa dela.

Se há seis anos atrás me parecia inseguro misturar chifre com finanças, hoje, com mais experiência no fetiche, e meio século de vida observando as pessoas ao meu redor, não só mantenho a posição como vou mais além, sugerindo ao leitor que considere com carinho o conselho de um amigo de chifres.

Eu não deixaria isso. Misturar finanças com sexo, termina atraindo problemas. 

Sexo é posse sobre o corpo. Desde a antiguidade que se paga para ter o sexo das mulheres. Quando se paga por algo, obtém-se a posse, mesmo que temporária (aluguel) da coisa. Se o cara já está gastando o dinheiro dele com a  mulher com quem ele transa, inconscientemente ele já está internalizando o conceito de posse sobre ela.

No meu ponto de vista, aceitar que o amante pague algo para ela é um passo para ele se achar no direito de cobrar posturas, privilégios ou prerrogativas de marido dela, o que ultrapassa o limite de amante e cria uma confusão de competências que com certeza, terminará em confusão.

Por isso que, mesmo com seis anos de namoro com o amante dela aqui, eu nunca deixei que ele gastasse um centavo que fosse com ela. Dividir a conta do Motel, até é possível, mas gastos 100% dele para benefícios dela, jamais!

Como sempre, devo lembrar que todas essas possibilidades, são elocubrações da minha mente, surgidas a partir da minha leitura de mundo, com as minhas experiências acumuladas. Isso quer dizer que nada do que estou dizendo aqui é uma verdade absoluta e incontestável, são apenas as minhas sugestões, sob o meu ponto de vista, a respeito de algo que me foi apresentado e que eu julguei como algo que jamais faria.

Cada caso é um caso, já disse isso mil vezes aqui no Blog. Neste sentido, pode ser que algum corno, algum casal possa ter uma boa relação com a interferência financeira do amante sem que isso interfira nas rotinas do casal, bem como do casal com o amante.

Por outro lado, há que se considerar a possibilidade do amante que paga os custos, ter o bom senso de, mesmo assumindo custos financeiros com a hotwife, não se sentir no direito de marido ou dono da amante que patrocina. Inclusive, vimos no post #23 o bem sucedido exemplo de um casal de namorados, no qual a hotwife de 25 anos tinha um amante de 60 anos que a custeava sem interferir na relação dela com o corno de 36 anos. Esse amante bancava uma mesada de cerca de 2.600 dólares (algo em torno de R$ 15 mil atualmente) além de lhe presentear com joias e até mesmo custear a sua faculdade e enviar presentes para os pais da garota.

Por isso, reitero a dica já deixada no post #19, há seis anos atrás quando sugeri que o limite seja estabelecido entre o casal e o amante com vistas a não expor nenhuma das partes a riscos (físico, moral, social, financeiro, etc.) e que permita a todos, o alcance do melhor prazer, da forma como melhor lhes convir.

E que no final de tudo, sejamos todos felizes.

Comentários

  1. O amante pagador não será um cuckold-in-the-making?

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    1. explica o que é "cuckold-in-the-making"!

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    2. Não sei se o termo existe, seria um "futuro corno", o amante que transiciona de comedor a "marido" ou quase isso. Depois de ser "marido" e sabendo que a mulher é essencialmente infiel, o ex-amante virará um corno. Independentemente de que legalmente o marido original e a hotwife não se divorciem, etc.

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    3. Estou, evidentemente, tentando entender a psique do amante, mas é bom dizer que eu não sou formado na área.

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  2. Não seria mais sensato usar o termo em português? Agora mesmo estava vendo uma treta noutro post por causa de ruídos na comunicação.
    Tenta facilitar as coisas, é melhor para todo mundo

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    1. Sim, sem dúvidas, mas nem toda expressão pode ser fielmente traduzida, e de fato utilizamos "hotwife", por exemplo ("esposa gostosa" não chega nem perto do real significado). Mas existindo uma expresão equivalente, concordo. Agora, "in the making" seria o quê, "alguma coisa que está sendo preparada, que progride numa certa direção". É complicado às vezes achar o termo perfeito.

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    2. Entendo... concordando com o Ângelo, penso que deveria chamar de "corno em processo" ou "comedor em transição"

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    3. Perfeitamente. Então, que acham dessa possibilidade do amante estar virando, na verdade, um corno?

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  3. o programa de corno é igual cerveja: tem pra todos os bolsos. de qualquer forma, combinar com a esposa pra passar o xerecard.

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  4. Nos anos em que tivemos experiências liberais, era assim: Em clube de swing, cada casal pagava sua parte. Ou dividíamos, se houvesse comes e bebes antes. Quando era na casa de um de nós, aí o anfitrião bancava. Nos ménages, quando era cara de fora, eu bancava as comidas, bebidas e o motel. Já quando era um amigo íntimo ( tivemos um trisal por alguns anos), aí às vezes ele trazia alguma coisa, dava presentinhos para ela, mas nunca deixou de respeitar o casal.

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