#450 - Chifre ou encenação? O que há entre o real e o canal de internet - Parte 2 (Reflexão)

Caros amigos de chifres, 

durante a leitura das reportagens compartilhadas nos posts anteriores do nosso Blog Meus Chifres, percebemos a necessidade de iniciar uma reflexão na nossa comunidade de cornos, hotwives, comedores, aspirantes e curiosos sobre o fetiche cucklod & hotwife, a partir de alguns pontos que nos chamaram a atenção na fala da suposta hotwife que foi entrevistada pela revista "Quem". 

É importante destacar que embora esta reflexão seja trazida à baila após a publicação da referida reportagem, ela não nasce naquele expediente jornalístico. Há algum tempo, mais especificamente desde o fenômeno Luana Kazaki, sempre fazemos o exercício reflexivo quando inevitavelmente comparamos a conduta do casal de influencer liberal com os perfil dos casais liberais não expostos publicamente a que tenho acesso.

E foi justamente diante de algumas posturas que nos chamaram mais a atenção que surgiu um certo estranhamento que nos trouxe até este post,  no qual convido a nossa comunidade de leitores ao diálogo a fim de debater os seguintes pontos que consideramos controversos nesses casais publicamente expostos, tendo como referencial, obviamente, as nossas experiências compartilhadas no nosso blog há quase 7 anos.

Ponto n.º01 - O nosso fetiche está em alta

Começamos pela constatação que nos deixa muito felizes e confiantes, afinal, se olharmos para trás, lembraremos que há 10, 20 anos atrás, era impossível achar uma reportagem em meio de ampla circulação falando sobre o assunto e muito mais improvável ainda seria se tal reportagem tivesse como foco central a fala de uma mulher que pretende conquistar um certificado mundial de maior corno do país para o seu marido.

Há alguns anos vimos surgir e se multiplicar reportagens específicas sobre o tema do fetiche cuckold, o que reflete uma abertura da sociedade para a compreensão e aceitação do nosso modo de viver o prazer do sexo. E isso é bom, muito bom, pois significa que estamos caminhando para um futuro estado de "normalidade", no qual as pessoas não sejam discriminadas por se assumirem "cornos" ou esposas liberadas,  e assim, enfim possamos viver em paz as nossas preferências sexuais.

Ponto n.º02 - A imprensa "oficial" começa a abrir seus espaços para nós

Ainda comemorando, como disse anteriormente, percebemos ao longo da última década, algumas reportagens vem sendo veiculadas, sobretudo na internet, falando sobre o fetiche cuckold X hotwife. Obviamente, a grande maioria dessas publicações são veiculadas por sites ou revistas específicas do ambiente liberal, a exemplo da plataforma sexlog ou sites como o nosso Blog Meus Chifres que dedicam-se à disseminação e o fortalecimento do fetiche.

Porém, nos chamou a atenção a reportagem veiculada na revista "Quem", uma revista de generalidades, não restrita ao ambiente dos fetiche sexuais, o que demonstra que os editoriais dos magazines percebem a existência dos fetiches e compreende que é necessário dar vez e voz em seus espaços, para o seu público.

Essa constatação é ainda mais compreendida quando pensamos que tanto os próprios editores quanto os leitores de tais revistas são pessoas que como nós, vivem de alguma forma os fetiches mais liberais. 

Em razão dos preconceitos com que somos tratados, muitos de nós, executivos, políticos, educadores, policiais, juristas, comerciantes, religiosos, filósofos, etc., etc., etc., nos escondemos perante a sociedade, ocultando as nossas preferências sexuais liberais. Por isso, não nos sentiríamos surpresos se algum dia soubéssemos que o editor de uma revista tradicional que nos abre o espaço, seja um dos nossos milhares de amigos de chifres.

Ponto n.º03 - O açúcar atrai as moscas

Em consequência dessa visibilidade que a imprensa vem dando ao nosso fetiche e diante do fenômeno dos influencer´s digitais que faturam alto compartilhando suas experiências nas redes sociais, a veiculação de notícias e informações sobre o nosso fetiche passa a atrair um número cada vez mais crescente de "influenciadores", pessoas com alto senso de oportunismo  que usam o nosso fetiche como forma de gerar renda, sem necessariamente conviver como uma pessoa da nossa realidade.

Como ocorre em toda categoria profissional que surge de uma demanda que emerge do meio cultural, os "influencers" são uma categoria "profissional" (entre aspas mesmo, pois são considerados como profissionais por serem remunerados e não por deterem a devida habilitação profissional) que exerce uma função cujos limites sequer foram discutidos e, obviamente, definidos.

Neste sentido, à cada dia que passa, somos surpreendidos com notícias polêmicas de pessoas que supostamente são liberais, e que mais a fundo nos parecem ser apenas caçadores de likes em busca da monetização dos seus canais privados em plataformas como OnlyFans ou Privacy.

Via de regra, essas "influencers" seguem um padrão já cristalizado: uma mulher bonita, com o corpo definido em academias ou clinicas estéticas, surge em postagens na internet, exibindo-se nada naturalmente em ambientes públicos não destinados ao fetiche do exibicionismo, voyeurismo, cuckold, ou qualquer outro fetiche atacando, portanto, o pudor de maneira pública sem usar o bom senso que recomenda, por exemplo, deixar crianças longe do nosso fetiche.

Usando os corredores de um supermercado, o ambiente das academias de ginásticas, as pistas de dança de uma boate não liberal, ou qualquer estabelecimento comercial frequentado por qualquer pessoa, sem restrição de idade, essas mulheres turbinadas cumprem um roteiro básico, de conflito primário, tal qual o roteiro de um filme pornô, no qual atores e atrizes precisam decorar três falas para toda uma atuação numa película de uns 30, 40 minutos. 

Essas "exibições"  cumprem o papel de peças publicitárias que visam atrair novos assinantes para os seus canais privados de exibição de um conteúdo que só satisfaz àqueles que tem um baixíssimo nível de compreensão ou os que estão em altíssimo grau de alguma patologia mental, chegando ao ponto de desconsiderar todos os excesso de exagero e falsidade exibidos nas personagens.

Embora alcancem a notoriedade, nada do que é exposto em tais ações acrescenta ao debate em torno do fetiche cuckold sendo, portanto, letra morta nessa longa batalha que travamos com uma sociedade preconceituosa.

Assim, ainda não bastando ter que confrontar uma sociedade hipócrita e falso-moralista, agora ainda temos que nos deparar com criaturas oportunistas que, assim como parasitas, se alimentam dos nossos esforços, faturando em torno de um fetiche que talvez sequer tenham praticado um dia.

Ponto n.º03 - Modelo-Hotwife X Hotwife-Profissional do sexo

Observando o perfil dessas "hotwives" midiáticas, notamos que via de regra elas se apresentam como "modelos", ou seja, uma pessoa que e remunerada para promover, exibir ou advertir produtos comerciais. E isso nos chama a atenção para o fato de que, se elas são modelos fazendo o papel de hotwives, então nós, casais liberais, já somos um produto na ótica do capitalismo? 

Observando o ambiente do fetiche liberal há mais de duas décadas, tenho certeza que um
 verdadeiros casal cuckold X hotwife não foca a sua informação na sua profissão quando se apresenta aos demais casais ou possíveis parceiros de fetiche. Não há sentido em vincular o fato de ser médico, advogado, balconista ao fato de ser liberal. Esse tipo de informação é totalmente irrelevante e desnecessária, afinal que vai para a cama não os hábitos e tão pouco as suas habilidades profissionais.

Em diálogos com nossos interlocutores, conheci vários casais nos quais as esposas até curtem e vivenciam o fetiche de ser remunerada pelo amante à cada encontro. Porém, diferentemente das "modelos" que encenam o papel de hotwives, nos casos em que conheço, ocorre justamente o contrário, onde as hotwives, encenam a função de garota de programa para o parceiro amante que embarca no fetiche.

Nesses casos, observo que todas as hotwives-garota de programa tem suas formações e empregos, dos quais extraem seus sustentos, não fazendo portanto, do fetiche o meio de sustentação financeira, como assumem orgulhosamente as modelo-hotwives.

Ponto n.º04 - Um caso à parte 

E mesmo quando encontram um suporte financeiro razoável, ainda assim, as verdadeiras hotwives-profissionais não se expõem como as modelo-hotwives.  Juliana, interlocutora do blog é um caso bem claro que demonstra como se dá essa evolução de papeis de uma mulher que inicia hotwife e descobre o caminho profissional no fetiche, mas sem se distanciar da sua essência que é chifrar o seu marido, corno, manso e putinho. 

A hotwife que já foi tema dos post #157 e post#203 do nosso Blog vem fazendo esse caminho evolutivo e atualmente é atração em casas eróticas nas quais realiza shows até de gang-bang.  "Eu não estava procurando emprego. Ele que me encontrou", diz a hotwife orgulhosa da trajetória que vem fazendo, de forma natural e sem se afastar do centro do seu maior desejo que é fazer o seu marido um corno manso e submisso.

"Em breve vou estrear como stripper e investir mais na produção de conteúdo de cuck e dominação. E pelo menos pra mim, o sexo continua intenso apesar de ser trabalho. Eu sinto prazer nisso" 

Assim fica clara como a luz do dia a diferença existente entre a verdadeira hotwife, seja ela remunerada ou não pelo seu desempenho no fetiche e uma modelo-hotwife que oportunamente, fatura se passando por hotwife, alimentando o desejo de homens que não conseguem dialogar com suas esposas sobre a realização do fetiche.

Tudo isso nos faz perceber a necessidade de ficarmos atentos pois o nosso fetiche está em alta e cada vez mais a imprensa nos observa como mercadoria, o que atrai a atenção de pessoas oportunistas que faturaram em cima das nossas experiências. Poderíamos até olhar a situação pelo ponto de vista da normalidade, já que vivemos numa sociedade capitalista e consumista mas, restando-nos todas as preocupações com o que há de humano e pessoal em cada um de nós, importa-nos advertir a nossa comunidade a respeito que tais olhares poderão desvirtuar o real sentido do que é ser uma hotwife, causando um mal irreversível ao nosso fetiche e a tudo o que vimos conquistando nas últimas décadas

Comentários

  1. Corno da Fernanda
    Como estamos em época que um ator de novela tinha que esconder que era gay, senão acabaria a carreira dele, TB está chegando o tempo do fetiche cuckold se tornar normalizado.
    O ator Caio Blat, teba a sua esposa exposta beijando o filho da Cássia Eller, num show e qdo perguntado respondeu que tava tudo bem, el sabia e isso era aty bom para o o feminismo.

    Enfim, está chegando a época que qdo eu chegar com as crianças, num almoço de família, sem a Fernanda, e a minha mãe perguntar onde ela está vou poder dizer a verdade:
    "Ela passou a noite com o namorado dela. Ontem foi aniversário de namoro deles e foram passar a noite num Motel pra comemorar. Mas ela disse que chega a tempo da sobremesa!"
    E a minha mãe responder :
    "Fala pra ela, que se ela quiser pode trazer moço também!Já que ela tá firme com ele, a gente quer conhecer ele TB!"

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  2. essas encenações são de uma pobreza de espírito e mal disfarce que dá asco. acompanho vários canais cuckold no X e tem muita "esposa" vendendo conteúdo no onlyfans e vejo que é pura encenação. não são desonestas, afinal, compra quem quer. também tem muito site falso de "casais", um padrão fácil de reconhecer.

    mas um ponto positivo nessa história é que o fetiche está em alta e a esposa pode assumir seu lado "dadeira" sem receio de que quer dar. acho apenas que isso deva ficar nas 4 paredes do quarto do casal.

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