#157 - O fetiche da inversão (Relato)

Caros amigos de chifres, 

Há algum tempo atrás, conversamos sobre uma questão muito delicada e instigante que volta e meia invade os pensamentos de um marido corno, quando observamos que o fetiche de ser um corno manso, parece não ter limites e nos apresenta à cada nova experiência, novas possibilidades de prazer. 

No post #05, há cerca de dois anos e meio atrás, lancei uma pergunta para os nossos interlocutores quanto ao surgimento de desejos de contatos com o pênis do amante das nossas esposas. Oito meses mais tarde, no post #67, o tema já havia evoluído para a questão da penetração do corno, pelo amante dela. 


Hoje, passados mais de dois anos de diálogos com interlocutores deste blog e com os nossos parceiros do nosso grupo do whatsapp, volto ao assunto que insiste em ocupar a mente da maioria dos cornos com os quais mantenho um diálogo no sentido de compartilhar com todos vocês, aquele que me parece ser uma das fases inevitáveis a ser vivenciada por todo marido que se identifica como um corno manso, tomando coragem para a realização do fetiche da inversão.

A ideia de voltar a esse tema, imprescindível, surgiu enquanto entrevistava o James, leitor  assíduo e colaborador deste blog, membro do nosso grupo do whats app, cuja história foi relatada no post #144, no qual o corno suplicante compartilha o seu relato no qual expõe a oportunidade perdida de se assumir um corno manso. A falta de coragem para assumir a sua condição de marido corno manso no momento da descoberta de uma traição da esposa, lhe custam até hoje, quatro longos anos de espera pelo prazer de se ver corneado novamente. 

Naquele momento em que dialogava com o corno arrependido, recebi uma mensagem de outro corno que vivia o dilema de sentir um intenso desejo de ser invertido pela esposa, tendo como pano de fundo a figura do amante comedor da esposa como o objeto final do desejo do corno.

Diante deste fato e tendo conversado com outros tantos colegas de chifres que manifestaram interesse no mesmo fetiche sexual, retorno ao assunto, desta vez com alguns relatos excitantes de cornos que tiveram a coragem de ultrapassar o limite do ser corno apenas e entrar na seara da bissexualidade, ou pelo menos, pré-bissexualidade, estando a um passo de ser penetrado pelos amantes de suas esposas.

Consenso entre os cornos, o fetiche da inversão não significa estritamente assumir uma homossexualidade ou até mesmo uma bissexualidade. Segundo os próprios cornos, trata-se de uma forma de explorar o prazer proporcionado por mais uma zona erógena no corpo masculino, mostrando que o prazer pode ser obtido de outras maneiras que não apenas através do pênis, tal como exposto no post #121.A questão não passa por um desejo pelo corpo de outro homem, tão pouco por qualquer tipo de afetividade desenvolvida pelo corno em direção ao amante das suas esposas ou eventuais amantes que possam vir a penetrar o corno. Pelo que se pode compreender nas entrevistas, trata-se de uma forma de buscar o prazer, estimulando outra área do corpo que não o pênis, demonstrando uma visão muito mais aberta e liberal no que tange o sentido de sexo e sexualidade e que claramente prioriza o prazer em detrimento dos tabus estabelecidos.


Cornos assumidos, todos os nossos interlocutores deixam claro se tratar de  desejo físico de sentir a estimulação do prazer por meio da penetração anal ou a realização de um prazer cuja origem está na mente que se excita com a sensação de se ver penetrado pelo macho alfa que penetra a sua esposa. Nada mais que isso, sem envolvimentos afetivos ou identificação de homossexualidade para si. Porém, é preciso advertir que como toda regra tem suas excessões, também há aqueles que se assumem bissexuais.

A origem desse prazer, como tudo que permeia o ambiente dos fetiches sexuais, pelo que foi possível perceber nas conversas, é muito mais psicológica que física, propriamente dita. Falando como um verdadeiro corno submisso, Antônio (nome fictício) assume que o que lhe dá prazer no fetiche da inversão, é ser submisso aos mais sacanas desejos da sua esposa que sente prazer ao ver o marido penetrado pelos seus amantes. Seguindo o raciocínio de Antônio, Sales, um corno manaurara diz que o se realiza justamente na realização do prazer mais sacana da sua esposa: chamar o marido de corninho viado enquanto ele é penetrado pelos amantes dela.



Reforçando a tese, Walter, membro do grupo de whatsapp e corno há mais de uma década, relata que ainda antes de se assumir corno, já havia tido algumas experiências de submissão, nas quais foi penetrado e descobriu essa forma de prazer. Tendo sido iniciado por um primo mais velho que o dominou psicologicamente, Walter passou vários anos sendo objeto do prazer do primo, até que um dia, maduro, casado, foi brincar com um vibrador no anus da esposa e por um descuido, causou um incômodo nela ao penetrá-la com objeto. 

Conversando com a amada sobre o incômodo, ela propôs introduzir o consolo nele, o que o levou a um orgasmo instantâneo em cerca de 30 segundos, como conta o corno que adora ser invertido.  Inevitavelmente o casal passou a lançar mão da inversão como mais uma possibilidade na cama e ambos tem sentido muito prazer, pois como diz o corno invertido " ela curtiu muito, sempre que ela queria, ficava de quatro para ela. Na verdade, acho que o tesão maior é ser submisso dela".

Ampliando o horizonte dessa conversa, demos a palavra a uma mulher que inverte o marido, para que possamos ter uma ideia mais completa da situação. Juliana é uma jovem muito sexy que vive uma vida íntima muito intensa com o seu marido Steven, corno manso e submisso aos prazeres da sua rainha. 


Vivendo uma relação muito intensa, o casal pratica fetiches como o cuckold, o uso do cinto de castidade masculina, uso de calcinhas (para ele) e é claro, o da inversão. Em um depoimento intenso e quente, a dominatrix revela que no início achou estranha a situação de inverter o marido que também demonstrava interesse em usar peças íntimas de lingeries. "Eu sempre gostei de machos, pegada forte e, de repente, me vi casada com uma pessoa delicada, romântica e cor de rosa. Sempre fui dominada pelos meus parceiros. Dominar ele (o marido) foi novidade para mim. E achei legal." 

Revelando o perfeito casamento entre um corno manso submisso e uma hotwife dominatrix, Juliana diz que  "a sensação de dominar, mostrar que eu mando  e faço o que quero é demais!, dando uma pista a quem estiver pensando em se iniciar no fetiche da inversão que o fato de ser invertido é sim uma submissão a quem lhe penetra, colocando o invertido na posição passiva que todo corno submisso gosta de sentir na sua relação.  

Ainda falando sobre o prazer de dominar o marido, a dominatrix paulista revela, certo ar de prazer e sacanagem quando assume que "não sinto prazer no ato de penetrar e nem sei se eu levo jeito pra isso...rs, mas o poder, a dominação me excita". E emenda, demonstrando o tom de perversidade que faz o seu marido, um dos cornos mais felizes deste planeta quando diz que espera "logo comprar uma nova cinta por que uma coisa que eu tô querendo muito, é ver ele gozar preso na gaiola (cinto de castidade masculino)  enquanto eu como ele.

Perguntada se ela não temia a possibilidade do marido se descobrir bissexual,  ela diz que hoje já o considera assim e que isso não mais a assusta e revela ter ciúmes dele com outras mulheres.



Percebemos então que realmente só há uma certeza para quem quer entrar nesse ambiente de experimentar livremente o fetiche de ser um marido corno manso: não existem limites para o prazer. Até onde foi possível observar e perceber, a vida de liberdade sexual, quando bem praticada, dentro de um relacionamento sólido, dialógico e construído com muita cumplicidade, tem um infinito de possibilidades pela frente, que sempre o fortalecerá e fará o casal cada vez mais feliz.

Sejamos felizes então!

Comentários

  1. Acho que o fator submissão a mulher é preponderante,o corno gosta de ser submisso a sua mulher,algumas mulheres acabam desenvolvendo o mesmo fetiche inverso ,o de dominar e humilhar o corno marido ,e cá entre nós somos sim submissos a nossas mulheres e a seus fetiches e prazeres 🐂♠️🇧🇷

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  2. Muito gostoso, eu sempre gostei de enfiar objetos em mim, até que casei, e fui surpreendido por minha esposa, que pediu para enfiar um dedinho em mim, daí para comprar uma cinta foi um pulo

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  3. Humm... interessante esse seu relato. Que tal compartilhá-lo com mais detalhes para todos os leitores do nosso Blog Meus Chifres? Talvez possa nos servir de alguma forma para aqueles que venha a ser surpreendidos pelas esposas. Seria bom saber o que fazer para contornar a situação, assim como você fez e garantir que ela aceite o fetiche.

    Se tiver interesse em compartilhar, envie o relato com os seus devidos detalhes para o e-mail cornomanso741@gmail.com. Será um prazer publicá-lo aqui no nosso blog.

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