Ultrapassados os limites do pênis, o corno usuário do cinto de castidade percebe que os seus olhos, ouvidos e mente, também são zonas erógenas, fontes de orgasmos, se forem devidamente acionadas e estimuladas.
Tal conceito fez perceber um novo paradigma de sexualidade masculina que fez com que nós homens, por exemplo, pudéssemos dar início a um procedimento de libertação das amarras culturais que determinavam o pênis como fonte exclusiva do prazer masculino. O novo paradigma lançou luz sobre a necessidade da compreensão que o homem pode (e deve) buscar prazer além do pênis.
Assim, alcançar a luz da compreensão que o ponto G pode (e deve) ser a pele, nos abre a possibilidade de sentir excitação e prazer em diversas partes do nosso corpo, livrando-nos da ditadura do pênis.
É com esse entendimento que os cintos de castidade (gaiolas) ganham espaço no universo do fetiche masculino. Trancando o pênis, ampliamos a percepção de todo o resto do corpo para a intenção do prazer. É semelhante ao que acontece com uma pessoa que se vê privada da visão. Não podendo mais enxergar com os olhos, ela passa a "ver" o mundo à sua volta com os demais sentidos, sem perder a noção do real.
A antiga concepção de prazer focada no órgão sexual, remonta à Idade Média, época na qual o corpo era visto como um recipiente impuro, suscetível às tentações do diabo, no qual a alma santa era depositada por Deus no corpo humano quando o ser nascia. Nesse conceito, apenas os órgãos sexuais eram responsáveis pelo prazer e deveriam ser mutilados, caso o hedonismo prevalecesse como identidade de uma pessoa.
Daí, inclusive, nota-se o surgimento dos dispositivos de castidade, aplicados como castigo aqueles que o demônio possuía o corpo e a alma, na tentativa de os libertar, pela ausência de contato com o órgão sexual, da força "demoníaca" da libido.
Graças a Deus (e à Ciência), hoje em dia temos outra compreensão a respeito da libido e foi justamente por esse conhecimento que chegamos à revolução sexual que permitiu a nós homens a liberdade de explorar o nosso corpo e mente em busca de outras fontes de prazer que não apenas o nosso pênis.
Aliás, o fato de obtermos prazer em ver as nossas esposas sendo penetradas por outros homens já é uma materialização dessa forma revolucionária de sentir prazer. Nos afastamos do mito de comedor macho alfa e passamos a nós realizar na posição de cornos. Essa é uma das maiores provas que estamos intimamente relacionados com a estética da revolução sexual.
Claro que ainda não estamos na plenitude da liberação sexual masculina, mas como sempre diz o nosso colega corno Carioca, "estamos em constante processo de evolução, mudando de perfil (e posicionamento) à cada dia."
Neste ponto, aproximamos os nossos pontos de vista pois acreditamos tratar-se se de um fetiche de se sentir submisso à esposa, impossibilitado até de ter uma ereção, para aqueles que só usam o cinto de castidade em momentos nos quais a esposa está na cama com os seus amantes.
No meu caso pessoal, minha esposa achava estranho o fetiche. Inicialmente foi contra o uso do acessório mas, aos poucos, permitindo-se à experiência, conseguiu descobrir o prazer que há em estar com um amante e ter a chave do cinto de castidade que prende o pênis do seu marido corno humilhado por, além de não penetrar, sequer pode ter o direito da ereção.
Atualmente estamos na busca do orgasmo engaiolado. Ela quer me ver gozando com o cinto de castidade. Isso é bom, pois tem nos tirado da zona de conforto em busca de ampliar o nosso repertório na hora do sexo para o fetiche. Desde que iniciamos a nossa busca, temos atingido orgasmos cada vez mais intensos tal qual estivéssemos iniciando um namoro e olhe que já temos quase 15 anos de relacionamento.
Neste sentido, as palavras da Juliana são assertivas "a sensação de submissão de um corno que se entrega aos prazeres da sua rainha é ímpar para ambos. Saber que o controle do meu prazer e do dele está sob o meu domínio é algo fantástico."
Porém, mesmo sendo uma fonte de um raro e intenso prazer, F, corno paulista adverte que apesar de particularmente achar muito excitante, não dá para usar (a gaiola) no dia a dia, pois é um pouco incômodo. "Jogo futebol de campo, seria bem estranho tomar banho com a galera estando com cinto de castidade. Contudo, para minha esposa exercer seu lado dominante é ideal. Entre quatro paredes não há limites se houver cumplicidade e tudo de comum acordo."
Enfim, como tudo o que há na vida (e na vida de corno), é preciso dosar com extrema precisão os prós e contras do uso do cinto de castidade, observando quais efeitos tal acessório pode causar na relação do casal. Respeitando os limites de cada membro da relação e descobrindo o momento ideal para experimentar o acessório, o casal pode abrir uma porta para mais uma fantástica e incomparável forma de se alcançar o prazer.
Tô morrendo de vontade de ser dominado e humilhado pela minha esposa, usando um cinto de castidade, mas morro de medo dela achar que estou ficando fraco como homem. O que faço?
ResponderExcluirTbm tenho exatamente esse mesmo medo.
ExcluirAbra o jogo com ela. Sou mandao e dominador de Brasília.
ExcluirDia das deusas e este blog que tem nelas sua razão de ser passou em branco??!!! Indesculpável!
ResponderExcluirCaro, sinto muito por esse dia tão especial ter passado em branco aqui no nosso blog. Infelizmente este espaço requer um trabalho que não é remunerado, o que o faz ficar em segundo plano, sobretudo quando a demanda da vida profissional se intesifica nos exigindo uma atenção duplicada.
ResponderExcluirMas já está no planejamento para o próximo ano, um texto todo especial sobre as mulheres hotwives