#244 - Diálogos sobre castidade masculina (Reflexão)

Caros amigos de chifres, 

dando sequência a um tema abordado no post anterior do nosso Blog Meus Chifres, no post de hoje, faremos uma breve reflexão em torno do fetiche do uso do cinto de castidade masculina. 

Como vimos na postagem anterior, depois de algum avanço significativo com sua esposa, o nosso interlocutor, o "Corno Carioca" está em meio a uma longa e difícil negociação com sua esposa a respeito do uso do cinto de castidade, visando aumentar um pouco mais o seu prazer de marido corno manso.

Seguindo o fluxo do tema, trago neste post algumas reflexões a respeito do uso desse tão controverso, poderoso e prazeroso acessório que nos coloca na condição indiscutível de marido corno manso e submisso às nossas amadas rainhas.

Iniciamos a conversa com uma tentativa de compreender o que é que nos move em direção do uso de um acessório que nos impede o direito de uma ereção, ainda mais naquele momento em que nossas amadas esposas estão no máximo da busca do prazer sendo usada e abusada pelos seus amantes.

Tudo nos leva a crer que a explicação passe pela questão da assunção ao prazer diferenciado, mais intenso. Entre tantas formas de se atingir o prazer máximo, alguns  maridos cornos manifestam especial interesse na condição de se verem alijados da manifestação básica do tesão que é a ereção.

Estar privado de ter uma ereção no justo momento em que sua esposa goza no pênis do macho alfa acaba proporcionando um prazer muito mais intenso e profundo no corno que descobre que o gozo também pode ser alcançado por outros meios que não apenas a fricção do pênis.

Temos portanto, um prazer que ultrapassa o limite do pênis e do contato físico, revelador da impensável possibilidade de se alcançar o orgasmo por meio da visão associada às estimulações psíquicas que nos leva a um lugar de submissão que nos eleva ao gozo supremo.

Retomando o que já foi dito no post #121 aqui do Blog Meus Chifres a pele é o nosso maior órgão sexual. Nela podemos ser estimulados  de diversas maneiras e intensidades à caminho de um orgasmo diferenciado e libertador, originado em toda extensão do nosso corpo. 

Ultrapassados os limites do pênis, o corno usuário do cinto de castidade percebe que os seus olhos, ouvidos e mente, também são zonas erógenas, fontes de orgasmos, se forem devidamente acionadas e estimuladas.  

Experiências práticas observadas reforçam essa nossa compreensão. Uma das rainhas do nosso grupo de whatsapp cuja história já foi narrada aqui no nosso Blog Meus Chifres, no post #203,  mantem o seu corno Steven na rédea curta literalmente. 

Com naturalidade a Rainha Juliana nos conta que o seu corninho fica na gaiola a semana toda. "Veste mais calcinha do que cueca", afirma a rainha em tom de deboche, antes de nos revelar que "Só libero aos finais de semana" e que mesmo assim, o manso está proibido de gozar nela. E para quem pensa que isso tudo já basta, a rainha ainda dá o golpe final humilhando ainda mais o corno proibindo-o de comer o cu da sua amada, benefício concedido apenas aos seus amantes, machos-alfa.

Completando o jogo, o corno ainda foi submetido ao adestramento de aprender a gozar com o pênis preso no cinto e fazer a devida higienização sem que seja necessária a remoção do acessório.

Percebemos neste delicioso relato uma experiência na qual o corno, estando privado da ereção, da penetração e do direito de tocar o próprio pênis, buscou no sentido da visão, associado à algumas instâncias do lado psicológico, o caminho para atingir o orgasmo para além do seu pênis.

Tal experiência, sem dúvida enche os olhos de uma grade parcela de cornos. Porém, nem todos tem a mesma sorte do Steven. M, corno carioca, do relato anterior deste blog, embora manifeste intensa  vontade de se ver preso ao cinto de castidade, ainda não conseguiu convencer a sua amada quanto ao fetiche, conforme vimos no post #243

Diametralmente oposto é o sentimento do, Richard, corno pernambucano que demonstra um posicionamento crítico quanto ao uso do cinto de castidade. Com postura firme, o corno diz que não consegue compreender como um homem pode desejar se ver na condição de estar com o seu pênis preso, sem o direito a uma ereção sequer. Segundo o corno "isso é barbaridade, e ser bárbaro é coisa do passado."

Respeitamos o ponto de vista divergente, é preciso tecer algumas considerações a respeito de tal posicionamento. Para tanto, pegamos carona no movimento de liberação sexual iniciado nos anos 1970, a revolução sexual, que nos apresentou outros conceitos de sexualidade,  ampliando o conceito de zona erógena para além de órgão genital.

Tal conceito fez perceber um novo paradigma de sexualidade masculina que fez com que nós homens, por exemplo, pudéssemos dar início a um procedimento de libertação das amarras culturais que determinavam o pênis como fonte exclusiva do prazer masculino. O  novo paradigma lançou luz sobre a necessidade da compreensão que o homem pode (e deve) buscar prazer além do pênis.  

Assim, alcançar a luz da compreensão que o ponto G pode (e deve) ser a pele, nos abre a possibilidade de sentir excitação e prazer em diversas partes do nosso corpo, livrando-nos da ditadura do pênis. 

É com esse entendimento que os cintos de castidade (gaiolas) ganham espaço no universo do fetiche masculino. Trancando o pênis, ampliamos a percepção de todo o resto do corpo para a intenção do prazer.  É semelhante ao que acontece com uma pessoa que se vê privada da visão. Não podendo mais enxergar com os olhos, ela passa a "ver" o mundo à sua volta com os demais sentidos, sem perder a noção do real. 

A antiga concepção de prazer focada no órgão sexual, remonta à Idade Média, época na qual o corpo era visto como um recipiente impuro, suscetível às tentações do diabo, no qual a alma santa era depositada por Deus no corpo humano quando o ser nascia. Nesse conceito, apenas os órgãos sexuais eram responsáveis pelo prazer e deveriam ser mutilados, caso o hedonismo prevalecesse como identidade de uma pessoa.

Daí, inclusive, nota-se o surgimento dos dispositivos de castidade, aplicados como castigo aqueles que o demônio possuía o corpo e a alma, na tentativa de os libertar, pela ausência de contato com o órgão sexual, da força "demoníaca" da libido.

Graças a Deus (e à Ciência), hoje em dia temos outra compreensão a respeito da libido e foi justamente por esse conhecimento que chegamos à revolução sexual que permitiu a nós homens a liberdade de explorar o nosso corpo e mente em busca de outras fontes de prazer que não apenas o nosso pênis.

Aliás, o fato de obtermos prazer em ver as nossas esposas sendo penetradas por outros homens já é uma materialização dessa forma revolucionária de sentir prazer. Nos afastamos do mito de comedor macho alfa e passamos a nós realizar na posição de cornos. Essa é uma das maiores provas que estamos intimamente relacionados com a estética da revolução sexual. 

Claro que ainda não estamos na plenitude da liberação sexual masculina, mas como sempre diz o nosso colega corno Carioca, "estamos em constante processo de evolução, mudando de perfil (e posicionamento) à cada dia."

Outra Rainha do grupo, Cris discorda desse pensamento acreditando que mais que uma questão de modernidade, o fetiche do cinto de castidade masculina  relaciona-se a um tipo de submissão por estar preso, impossibilitado de se tocar ou ter uma ereção e etc. 

Neste ponto, aproximamos os nossos pontos de vista pois acreditamos tratar-se se de um fetiche de se sentir submisso à esposa, impossibilitado até de ter uma ereção, para aqueles que só usam o cinto de castidade em momentos nos quais a esposa está na cama com os seus amantes.

No meu caso pessoal, minha esposa achava estranho o fetiche. Inicialmente foi contra o uso do acessório mas, aos poucos, permitindo-se à experiência,  conseguiu descobrir o prazer que há em estar com um amante e ter a chave do cinto de castidade que prende o pênis do seu marido corno humilhado por, além de não penetrar, sequer pode ter o direito da ereção.

Atualmente estamos na busca do orgasmo engaiolado. Ela quer me ver gozando com o cinto de castidade. Isso é bom, pois tem nos tirado da zona de conforto em busca de ampliar o nosso repertório na hora do sexo para o fetiche. Desde que iniciamos a nossa busca, temos atingido orgasmos cada vez mais intensos tal qual estivéssemos iniciando um namoro e olhe que já temos quase 15 anos de relacionamento.

Neste sentido, as palavras da Juliana são assertivas "a sensação de submissão de um corno que se entrega aos prazeres da sua rainha é ímpar para ambos. Saber que o controle do meu prazer e do dele está sob o meu domínio é algo fantástico."

Porém, mesmo sendo uma fonte de um raro e intenso prazer, F, corno paulista adverte que apesar de particularmente achar muito excitante,  não  dá para usar (a gaiola) no dia a dia, pois é um pouco incômodo.  "Jogo futebol de campo, seria bem estranho tomar banho com a galera estando com cinto de castidade. Contudo, para minha esposa exercer seu lado dominante é ideal. Entre quatro paredes não há limites se houver cumplicidade e tudo de comum acordo."

Enfim, como tudo o que há na vida (e na vida de corno), é preciso dosar com extrema precisão os prós e contras do uso do cinto de castidade, observando quais efeitos tal acessório pode causar na relação do casal. Respeitando os limites de cada membro da relação e descobrindo o momento ideal para experimentar o acessório, o casal pode abrir uma porta para mais uma fantástica e incomparável forma de se alcançar o prazer.

Comentários

  1. Tô morrendo de vontade de ser dominado e humilhado pela minha esposa, usando um cinto de castidade, mas morro de medo dela achar que estou ficando fraco como homem. O que faço?

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    1. Tbm tenho exatamente esse mesmo medo.

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    2. Paulao dominador28/10/2022, 19:58

      Abra o jogo com ela. Sou mandao e dominador de Brasília.

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  2. Dia das deusas e este blog que tem nelas sua razão de ser passou em branco??!!! Indesculpável!

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  3. Caro, sinto muito por esse dia tão especial ter passado em branco aqui no nosso blog. Infelizmente este espaço requer um trabalho que não é remunerado, o que o faz ficar em segundo plano, sobretudo quando a demanda da vida profissional se intesifica nos exigindo uma atenção duplicada.

    Mas já está no planejamento para o próximo ano, um texto todo especial sobre as mulheres hotwives

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