#249 - O "corno-marido-liberal" (Reflexão)

Caros amigos de chifres, 

no post de hoje do Blog Meus Chifres temos mais uma reflexão surgida de um diálogo entre cornos. Quer dizer, entre um corno e um "marido-liberal" que não admite ser chamado de corno. 

O diálogo foi vivenciado por um dos membros do nosso grupo de Whatsapp que não compreendendo a reação  do seu interlocutor, compartilhou conosco a experiência que me parece ter um fundo pedagógico, sobretudo para aqueles que estão dando os primeiros passos na experiência de gozar vendo suas amadas esposas na pica alheia.

De uma forma sintética, o fato ocorreu quando o nosso amigo, "V" estava conversando com um outro "marido liberal", que libera a esposa para vários homens quando o interpelou perguntando "há quanto tempo ele era corno". Segundo o nosso amigo do whats, o cara perdeu a linha por ter sido chamado de corno.

Indignado com a reação do marido-liberal, outro integrante do nosso grupo, o matogrossense M, se pronunciou dizendo que "não dá para entender. No meu ponto de vista e da sociedade, se outro come ou comeu a sua esposa, seja vc sabendo ou não, deixando ou não, o seu RÓTULO é e sempre será de CORNÃO, é simples assim!

Concordando com o amigo "M", é preciso porém, discordar para ampliar o olhar sobre o cenário e compreender o motivo da reação do "marido liberal" que pegou ar quando foi chamado de corno, na lata.

Vejamos!

Primeiro, b
em sabemos que não é fácil aceitar para si a ideia de que a sua maior fonte de prazer reside justamente no fetiche de saber que sua amada esteve em outros braços e rolas.

A cabeça de um homem, quando se percebe em meio à este conflituoso fetiche, transforma-se na maior zona de conflito do planeta, devido ao preconceito da sociedade machista que não admite a possibilidade da mulher liberada que tem prazer com vários parceiros.

Muito já falamos aqui no nosso Blog Meus Chifres, que nós homens somos obrigados a ter uma postura machista diante da sociedade. Caso contrário, seremos cobrados e punidos exemplarmente se não tratarmos nossas esposas na rédea curta, sob a nossa tutela e proteção de macho alfa, provedor, onipotente, onipresente e onisciente na vida delas.

Assim, tomado pelo conflito, o aspirante a corno se fecha em seu mundo particular escondendo o delicioso fetiche que lhe faz gozar litros de porra, nos mais recônditos ambientes da sua mente, vivendo a dicotomia de sentir prazer e ter que negar tal experiência perante a sociedade.

Assim, quando o nosso  amigo "V" chegou e disparou a palavra "corno", figurativamente, ele acendeu a luz do quarto escuro da mente do seu interlocutor, fazendo-o sentir-se exposto com a palavra que, com efeito catalisador, revela de uma só vez, tudo o que aquela mente em conflito tentava esconder de tudo e de todos. 

Sentindo-se exposto, o corno-marido-liberal reagiu com a devida violência de quem, a todo custo, precisa guardar os seus mais perversos segredos, para não ser punido pela sociedade que não admite o homem fraco que cede a posição de macho alfa para outro que dá prazer para a sua amada. 

Neste sentido, evidencia-se a diferença entre o "V", participante do nosso grupo (espaço terapêutico que muito nos ajuda a nos aceitar como somos e como gostamos de ser), e o seu interlocutor, "marido liberal" que não admite ser chamado de "corno".

Nós, cornos assumidos, já passamos por esse estágio de temer o acender das luzes no mais escuro ambiente dos nossos segredos. Arrisco dizer que vivemos em um estágio no qual o na que mais  queremos na verdade é que todas as luzes, portas e janelas sejam abertas para  que enfim, possamos ter o direito de viver plenitude da experiência de ser um marido corno manso.

O nosso desejo maior, é exatamente o de levar mais luz ao quarto secreto da nossa mente, nos permitindo ver com muito mais definição e detalhes, as imagens deliciosas que nos excita mais que qualquer outra coisa no mundo do sexo.

Essa impressão que exponho se funda na minha própria experiência cada dia mais prazerosa e que vejo se repetir nas centenas de interlocutores com quem dialogo no whatsapp, no e-mail e no nosso Blog Meus Chifres.  

No meu caso particular, lembro bem do dia em que fui chamado de corno pela primeira vez pelo alfa que deixava minha esposa uivando de tesão na cama quando fazíamos sexo virtual com ele. A uma certa altura do jogo, depois de vários encontros virtuais regados a muita putaria, ele perguntou por mim, que estava fora do ângulo de captura da webcam dizendo: cadê o corno?

Aquela pergunta soou como o mais grave sino da maior catedral do mundo. Foi um soco no estômago acompanhado de um flash de luz que me cegou instantaneamente diante de tudo o que eu mais queria esconder da sociedade, dele, da minha esposa e de mim mesmo. 

A pergunta daquele macho alfa acendeu todas as luzes que revelavam tudo o que eu mais desejava na vida naquele momento. Tudo o que jamais tive coragem de pronunciar, todas as humilhações que eu desejava foi revelado na minha mente quando ele me chamou de corno, diante da minha amada esposa que ainda não sabia que eu realmente queria ser tratado pelo macho alfa com o devido desrespeito que um verdadeiro corno manso merece. 

Porém, como eu ainda estava lutando contra tudo e todos os preconceitos que se enfiam na mente de um homem no que tange à sexualidade, eu ainda não estava de todo pronto para lidar com tamanha exposição e assumir um dos maiores e mais secretos desejos que surgiram em minha mente desde que iniciei a caminhada sem volta, na vida de um corno manso.

Naquele momento olhei para minha esposa e percebi o seu olhar dúbio. Além de muito sacana, minha esposa é muito inteligentes e perspicaz. Aqueles três segundos de silêncio foram suficientes para ela perceber o que se passava na minha mente. 

Sem responder ao macho alfa, ela me olhou em suspense e percebendo que eu tremi nas bases, me colocou contra a parede, me perguntando silenciosamente "e ai vai assumir que é  corno manso?" Sensível à tensão do momento, ela mas preferiu esperar a minha reação me olhando com cara de que queria me colocar de joelhos diante daquele  verdadeiro macho alfa que lhe ensopava a calcinha como eu nunca fiz. 

Assim, exposto em tudo o que eu ainda não tinha coragem de assumir, de imediato fechei a cara e dei uma dura no cara dizendo que não tinha nenhum corno aqui e ele deveria nos respeitar pois o que estávamos fazendo era apenas abrir a relação para um terceiro complemento e que ali não tinha nada de corno nem puta. Falei com força, mas sabia que era tudo da boca pra fora pois, por dentro, o que eu mais queria mesmo, era ser tratado por ele daquele jeito, diante da minha esposa que parecia ter gostado da atitude do alfa. 

Sagaz, ela percebeu que eu ainda não estava pronto e assim silenciou e conduziu o barco em meio ao mar revolto que era a minha confusa mente de marido corno iniciante. Como já relatei anteriormente nos posts #15 , #212 e #213tendo percebido minha tendência à condição de  corno manso e submisso, aos poucos ela foi me humilhando diante dos seus amantes, me chamando de corninho e permitindo que eles demarcassem o território fazendo o corpo dela de depósito de seus espermas.

Confirmando o meu exemplo M, corno do Mato Grosso, participante do nosso grupo do whatsapp dá o seu testemunho na mesma direção. diz o corno que  "amo quando minha esposa e o comedor me chama de corno, pra mim funciona até como um Viagra" e vai além ao dizer que   não há como não gozar quando sua esposa o "chama de corninho, chupador de pica e agora adicionou o que adoro dar o cuzinho",  depois que o corno passou a ser penetrado por um dos amantes da sua esposa.

Outro corno do grupo do whats também compartilhou o seu prazer de ser tratado pelos amantes da esposa com o adjetivo pejorativo para a nossa sociedade hipócrita. M, corno carioca diz que "quando minha esposa  me chama  de corno, viadinho ou meu puto, putinho fico realizado".

Percebemos assim que, como citado no início deste texto, o "marido liberal" que libera a esposa para vários amantes, vive sob a pressão de se ver entre a cruz de ser punido pela sociedade hipócrita e machista que repudia o nosso fetiche e a espada, que lhe dá o poder do maior prazer que um marido liberal pode experimentar nessa vida que é a sensação de poder se assumir e gozar como um verdadeiro corno manso.

E ai, vocês contam para ele ou eu conto?

Comentários

  1. Paulo Vinicius11/04/2022, 07:47

    Não sei como o editor consegue descobrir tudo o que tem na minha mente e eu nem tenho coragem de falar para mim mesmo.
    Pqp....é exatamente isso que está aí. Eu morro de vontade de ser humilhado, chamado de corno, empurrado, castigado e até penetrado pelos alfas mas não tenho coragem de dizer isso para eles, nem para minha esposa.
    O blog como sempre está de parabéns. É cirúrgico nas escolhas dos temas das postagens.

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  2. Paulão dominador de Brasília.19/07/2023, 17:21

    Nobre leitor do blog. Estou a sua disposicao para ajudar na sua fantasia de corno manso humilhado e dominado. Busco casal para formar trisal. Em um relacionamento serio e duradouro. 61 982179694. Email:Acarlos7742@gmail.com

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  3. Se não me engano nos países anglófonos essa “variação” de denominações e das experiências/limites dos casais possuem distinção. O que aqui convencionamos como o marido corno e a esposa putinha lá é o tradicional Cuckold/Hotwife. Já o “marido liberal” (que não se sente à vontade com o termo “corno) lá seria o Stag, a esposa liberada seria a “Vixen”.

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    1. Agradeço pela contribuição e sugiro que acompanhe as próximas publicações do Blog pois falaremos justamente sobre esse conceito de "Stag & Vixen"

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