#547- Ajuda a um quase ex-comedor (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

o post de hoje do nosso Blog Meus Chifres traz mais uma reflexão a respeito da prática do mais delicioso de todos os fetiches que se tem notícias, respoendendo a um comentário feito por um dos nossos leitores, no post #510, no qual conversamos sobre a iniciação de um dos nossos amigos ed chifres e interlocutores do nosso grupo de mensagens instantâneas.

Nos comentários daquele post, um leitor nos fez um pedido de ajuda para a situação que está vivendo atualmente, onde está se envolvendo de uma forma mais séria com a sua amante depois que o corno faleceu, porém, percebeu que embora ele tenha pedido para o casal se afastar do meio liberal, tanto ela quanto ele, demonstram imenso tesão no relacionamento cuckold. O problema é que o comedor já começa a dar os primeiros sinais que se encontrou na vida ao se ver ao lado de uma hotwife, ou seja, o comedor parece estar se transformando em um futoro corninho.

Confira o relato dele e as nossas observações quanto ao excitante caso que vislumbramos para um futuro bem próximo:

***********************************************************

Olá, galera. Venho aqui fazer um pedido de ajuda principalmente aos maridos e esposas experientes no meio liberal. Sou relativamente novo no meio. Solteiro. Fui fixo de poucos casais. Mas, teve um que a afinidade foi grande e estive com eles por bastante tempo. 

A esposa se apaixonou por mim e eu por ela. O marido, que virou um grande amigo pra mim, infelizmente, faleceu. 

Agora, estou iniciando um relacionamento com a Hot. A ideia é se aproximar aos poucos e tudo visando um namoro e casamento. 

Pedi para sairmos do meio. De certo modo, a ideia partiu até dela. Estou confuso. Será mesmo que essa ideia (de sair do meio liberal) é realmente uma boa ideia? 

Tem sim algumas coisas que a posição de cuck clássico me excita, mas muitas não. Na verdade, nem sei se daria pra me enquadrar como cuck. Eu não me sentiria bem em apenas ver ela sendo fodida por outro... eu teria que participar.

Aconteceu algo estranho comigo também... eu meio que perdi o ímpeto em querer foder outras mulheres, ou seja, quero apenas ela. Será mesmo essa uma boa ideia (a de sair do meio)? 

Sinto que ela fica muito excitada quando falamos das putarias do meio. Eu também fico, mas, ao mesmo tempo, fico com muito ciúmes dela. Estou me sentindo perdido e confuso com relação aos meus sentimentos. Eu, que há certo tempo sonhava em ter uma Hot (mesmo não me considerando cuck), hoje vislumbro a possibilidade de ter uma prontinha e experiente em minhas mãos... e aí fico com medo de como seria propor troca de casais, menage masculino etc. 

Seria isso normal por estar começando meu relacionamento dito normal para a sociedade com ela agora? existe essa história de ex-single? existe essa história de ex-Hotwife?? Peço ajuda, por favor.

*****************************************************************************

Caro "Anônimo",

em relação às suas dúvidas, penso o seguinte:

1. Sair do meio liberal é uma boa idéia?

Sim, é uma boa idéia. Aliás, penso que seja a ideia mais sensata e segura. Vocês se apaixonaram enquanto eram amantes num relacionamento em que haviam 3 pessoas envolvidas. Agora, estão se aproximando, a dois, sem nenhum terceiro no cenário. Por mais que tenham tido alguma relação, alguma vivência, vocês nunca viveram juntos, a sós, sob o mesmo teto, sendo corroídos pela ação da rotina na vida de um casal. 

Por mais intenso que tenha sido qualquer sentimento que tiveram um pelo outro, naquele momento em que ela vivia com outro homem entre vocês dois, os sentimentos dela e os seus, era outro, pois havia um terceiro. Vocês se apaixonaram mas se apaixonaram sabendo que ela não era 100% sua, que você nao a teria 100% do tempo para você. Vocês se apaixonaram como adolescentes
ue se envolvem mas não habitam o mesmo teto e por isso, não são afetados pelas rotinas diárias que ofuscam o brilho da paixão.

Neste sentido, se eu estivesse no seu lugar, preferiria  curtam a vida a dois com ela. Buscaria viver uma rotina de casal que, como qualquer outro, precisa se conhecer bem,  interagir, discutir, testar e reconhecer os limites um do outro, antes de escalar para o relacionamento aberto.

Vocês tem uma experiência enquanto hotwife e comedor, não como corno e hotwife, muito menos ainda de marido e esposa o que é milhões de km distante do que vocês dois experimentaram. Comedor não compra pão quando sai do traboaho, nem divide problemas do lar, problemas familiares, contas a pagar, noites de insônia, enxaqueca, TPM. Comedor é o cara que pega a melhor parte de uma dança com uma mulher liberada, depois que o corno carrgou o piano nas costas. 

O que você conhece dela é o lado da aventura, o momento em que "a puta ta on", o momento da libido. O problema é que nenhuma mulher é a puta 24h por dia, 7 dias por semana.  É preciso, antes de qualquer coisa, ter em mente que a mulher de quem você está se aproximando é outra, bem diferente daquela hotwife 100% safada que vc conheceu. Por isso, recomendo que antes de pensar no relacionamento aberto ou cuckold com ela, pense primeiro em ter um relacionamento com ela pois, não há omelete sem ovos.

2.Com relação aos seus sentimentos.

Lendo as suas palavras, sobre o seu dilema a respeito de nem saber se dá para se enquadrar como cuck, me vi no ano de 1998, quando tomei o meu primeiro chifre para valer (post #03). Tudo o que você descreve como dúvidas ou dilemas, é basicamente o que passei quando vi pela primeira vez, a mulher que eu amava se entregando como uma puta a outros homens diante dos meus olhos.
O tesão de ser corno foi tanto que nunca mais quis ser comedor como eu era, e me submeti a ser o corno dela, mesmo sabendo que ela gostava  de se entregar e ser usada por outros homens (post #168) que só a viam como uma puta para fuder, gozar e ir embora, sem nenhum vínculo depois. Neste sentido, mais uma vez, estando na sua pele, e com as experiências que já tive a sorte de ter nessa vida de corno manso que tenho, eu sairia sim do meio, mas sabendo que, conforme sugeri no ítem anterior, é uma retirada estratégica e temporára para fortalecer o casal, até o momento de voltar mas, sabendo que você voltará como o corno, manso e submisso que aceitará os mais humilhantes chifres que ela queira lhe botar.

Ah, e considere a possibilidade dela vir a ter um novo namorado, por quem ela venha a se apaixonar intensamente, pois a fila anda!

3. Existe ex-single? Existe ex-Hotwife??

Sendo direto, curto e grosso a resposta é sim e não, na ordem das perguntas. Vejamos as razões para tanta certeza. 

Antes de sermos seres sociais, somos animais. Só evoluímos da pré-historia até os dias atuais porque lutamos pela preservação da espécie, nos reproduzindo enquanto machos alfa, superando os mais fracos, que perderam a corrida e assistiram mansamente ao coito do vencedor com as fêmeas. Some a esse traço natural da nossa personalidade, a pressão cultural de uma sociedade que é machista e nos exige a continuidade do papel de macho alfa, não admitindo qualquer postura além da de ser o vencedor, mesmo que o nosso desejo, igualmente ancestral, seja o de tormar a fêmea já usada pelo outro para nós.

Neste sentido, todo single, todo comedor, é na verdade um corno reprimido, enrustido, que ainda não teve a coragem (ou a oportunidade) de se reconheceer e/ou se assumir corno, por medo da pressão que a sociedade exercerá sobre si,  pelo abandono da função de alfa, como se ele estivesse dando fim à sua linhagem, decretando a extinção do seu DNA, se ele abrir mão do papel de semeador de fêmeas no mundo. 

Claro que temos as tecnologias, os métodos contraceptivos, os avanços sociais e culturais que criaram o ambiente para o fetiche e as práticas liberais, mas ainda  estamos em processo, não nos desgarramos de vez das mais intrínsecas amarras que ignoram a nossa vocação natural de querer meter na fêmea que já foi semeada pelo alfa.

Por esses motivos, por tudo o que já vivi e por tudo que os interlocutores com quem dialogo diariamente nos últimos 7 anos, não tenho dúvida em afirmar que a figura do "ex sigle" é tão possível quanto a famosa chuva do fim da tarde na encantadora Belém, capital do Pará.

E quanto à "ex-hotwife", a certeza vez justamente dos mesmos argumentos acima descritos, para explicar a certeza quanto à nossa mais escondida verdade. Da mesma forma machos temos a obsessão natural pela preservação das nossas espécies, elas as fêmeas, nossas rainhas, hotwives, também lutaram obcecadamente pela preservação do seu DNA nos últimos 50 mil anos. Transando com os mais fortes, elas garantiam a melhora do seu código genético, reproduzindo-se como fêmeas ainda mais poderosas que suas ancestrais. E como uma mulher não paria uma única vez na vida, ainda mais quando não haviam as amarras culturais do casamemento e da monogamia, à cada cio, elas procuravam pelos melhores machos que estivessem por perto, ou seja, buscavam pelo sêmem de outro, para serem eternas.

Neste sentido, o avanço da sociedade machista foi eficiente ao criar mitos, costumes, regras e leis que visavam a contenção do impulso sexual feminino, colocando-as num lugar incômodo de esposa submissa, mas nã conseguindo anular a sua verdadeira essencia de fêmeas que buscam o macho vencedor. Assim foi com Afrodte, Minta, Helena de Tróia, Madame Bovarry, Anna Karenina  e a nossa brasleira Capitu, citando exemplos de personagens literárias que buscaram o macho alfa mesmo tendo um marido ao seu lado, ou até mesmo Ana Bolena, figura real, rainha da Inglaterra que corneou o seu marido.

Assim, fica mais que claro que para elas, basta-lhes apenas a certeza de ter um corno manso ao seu lado para que elas rompam os grilhões do machismo para viver a sua natureza de fêmeas que buscam o semem do macho alfa que lhe garanta a perpetuação pelo prolongamento da vida na prole que resultará do coito com o melhor dos machos do bando.

Espero ter ajudado de alguma forma.
Abraços de corno