#208 - Ex-corno? (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

No post de hoje temos uma questão que sempre vem à baila nas mesas de bar e rodas de conversa sobre os cornos alheios, sempre pelo ponto de vista de quem comenta a situação de fora, mas nunca observado pelo prisma daquele que recebe os galhos.

Dizem as línguas por ai que "uma vez corno, sempre corno!", determinando como uma sentença contra a qual não cabe recurso, o rumo da vida daquele que foi presenteado pela amada com o dourado chapéu de corno.

Mas, e cá entre nós, maridos cornos manso, esposas liberadas e comedores amigos? Essa máxima encontra espaço para reverberar como no ambiente amplo da sociedade conservadora da qual nos esquivamos?

No post de hoje, o Blog Meus Chifres, cumprindo mais uma vez a sua missão de ser o lugar de protagonismo do corno manso, te convida a refletir sobre essa curiosa dúvida que intitula este post: é possível a existência do ex-corno? Estamos condenados à eterna condição de sermos um corno manso?

Primeiro é necessário distinguir papeis nessa história para começarmos a organizar o nosso cenário, lembrando que uma coisa é o marido traído, outra coisa é o marido corno manso.

Marido traído é aquele cara sortudo cuja esposa rebelde resolveu unilateralmente ser liberal e passou a ter relacionamentos extra conjugais, sem a anuência e o conhecimento do corno. Normalmente, este marido termina por não aceitar a situação quando descobre e reage da forma como bem sabemos, se expondo ao ridículo em público, quebrando o pau e até querendo bater na sua amada, ou, como vimos no post # 131 aqui do Blog Meus Chifres destruindo o patrimônio do amante da esposa, expondo a sua imagem e a dela, se separando, para depois voltar com o rabo entre as pernas e ainda virar chacota em nível nacional.

Por outro lado, o marido corno manso é uma figura completamente diferente do marido traído. Corno manso é aquele homem que antes de qualquer coisa, sente um imenso tesão só em imaginar a possibilidade da sua esposa experimentar uma pica alheia. Companheiro perfeito, o corno manso abre o seu coração para a sua amada e revela o seu desejo, abrindo o relacionamento para que ela possa ser feliz na cama com quantos amantes quiser. O Marido corno manso, não briga com a amada quando descobre que ela está flertando com algum macho alfa. Ele a apoia e cria todas as condições favoráveis para que aquela conversa avance na direção do motel mais próximo.

O marido corno manso, diferentemente do marido da Fabíola, personagem central do post #131 aqui do Blog Meus Chifres, não quebra o carro do amante. Ele paga o Uber para o cara ir e vir comer a sua esposa, de onde estiver. Isso quando não conduz o veículo enquanto a esposa cavalga na pica do comedor, no banco traseiro. 

Feita essa diferenciação, voltamos ao cerne dessa reflexão que surge quando pensamos a condição de ser um marido corno manso é uma condição sem volta?

No nosso grupo de conversas, certa vez o corno raiz, narrador do relato do post #159 aqui do Blog Meus Chifres, diz que "Eu sou corno por opção , não quero mais fuder outras mulheres, mas sempre fui um bom fudedor comi muitas casadas e bem". Quando fiquei sabendo podia ter pulado fora, mas ao mesmo tempo que tinha raiva também tinha tesão."

Já o corno mineiro diz que "Eu sou corno por quer me dá um tesão em enorme é não é por opção não. Já tentei não ser mais corno. Mas uma hora ou outra, esse desejo volta e fica cada vez mais forte!", nos dando uma pista que talvez, este seja um caminho sem volta que todo corno manso ama trilhar. 

Em postagem anterior aqui no blog vimos alguns exemplos de situações nas quais os cornos não suportaram a pancada de receber o primeiro chifre e reagiram mal, acabando o namoro, ficando sem falar com ela (vide os posts #01; #03; #168 e #169) ou até mesmo partindo para a pancadaria (posts #159 e #177), agredindo a sua hotwife ou o seu amante, expondo as mais comuns reações do homem tenta dar uma resposta para a sociedade perante o chifre recebido.

O ponto comum a todos os relatos acima elencados nos faz perceber que quanto mais intensa a reação, maior o tesão sentido pelo corno ao se descobrir em tal condição. Fato nacionalmente divulgado, o caso da bancária mineira Fabíola, afirma essa percepção, ainda mais quando, anos depois do flagrante que parou o Brasil, o corno perdoou a sua amada e reatou o casamento depois de flagrar a sua amada dentro de um motel com um dos seus melhores amigos (saiba mais no post #131).

Esta condição de vida, uma vez experimentada, jamais sairá do centro da alma de um homem. Ser feito de corno pela amada é uma experiência que jamais será deletada da memória, sobretudo das memórias sexuais que nos deixam de pau duro e nos embalam nas solitárias sessões de masturbação em que gozamos rios de porra imaginando as nossas amadas naqueles momentos em que elas pularam a cerca, mesmo que tenha sido uma única vez na vida.

Exemplo maior do que nos conduz a uma resposta para dúvida que motiva este post, é o depoimento do James, corno campinense que compartilhou sua triste experiência de ter levado um chifre e perdeu a chance de engrenar na vida de corno por se prender aos limites impostos pela sociedade machista que tanto recrimina a nossa prazerosa vida de maridos  traídos (vide o post ##144). Arrependido, o corno nos deixa o seu exemplo como ensinamento do que é escolher essa posição insustentável de ex-corno ao dizer que:

(...)hoje sofro, pois à cada dia, mais me consome o tesão. Confesso que me arrependo de ter contado a ela (que estava sabendo de sua traição). Devia ter ficado quietinho, na minha! Com certeza, hoje ela ainda estaria agasalhando a rola do garanhão e se saciando como merece!" 

Diante de depoimentos tão eloquentes como os dos casos acima descritos, (e diante de tantos outros casos que conhecemos no dia a dia), não vemos risco em apresentar uma resposta à pergunta feita no início deste post lançando o palpite que, por maior que seja o esforço de um homem que experimenta o doce sabor de um par de chifres, tentando dar uma satisfação à sociedade, não é possível alcançar a condição de ex-corno.