#363 - Corno pode sentir ciúmes? (Reflexão)

Caros amigos de chifres,

o post de hoje do nosso Blog Meus Chifres, surge na esteira de dois comentários realizados por dois dos nossos mais de 850 ml leitores, no post #361.

No post, um leitor anônimo comentava que durante um período de separação, manteve relações com a esposa mesmo tendo arrumado uma namorada e ela um namorado. Naquele contexto, dela estar se relacionando com outra pessoa, o leitor percebe que a esposa estava diferente na cama e essa diferença era para melhor. Ele concluía o seu comentário dizendo que queria que sua esposa voltasse a transar com outros homes, mas o que lhe preocupava era o fato dele ter muitos ciúmes dela.

O comentário foi respondido por outro leitor que com uma visão lúcida da dinâmica humana, advertiu o aspirante a corno a respeito de que o ciúme pode ser um potencializador da relação de um casal. 

Curiosamente, enquanto eles  iam dialogando nos comentários, precisei fazer uma viagem rápida para cuidar de umas demandas pessoais que se impuseram diante da nossa rotina extenuante de trabalho neste fim de ano que praticamente congelou a nossa libido no último mês. Nesta viagem tive uma experiência concreta que se relaciona diretamente com o tema da conversa dos leitores, mostrando como o ciúme pode ser um combustível que potencializa a relação de um casal, sobretudo aqueles que se assumem liberais.

Para o leitor mais antigo do Blog Meus Chifres, não é novidade que minha esposa é exibicionista e muito safadinha. Para ela, ser comida com os olhos é tão prazeroso (ou até mais em alguns casos) quanto ser comida pelo pênis dos amantes que ela já atrai para a nossa cama. Nos posts #01, #07, #09, #16, #25, #27, #28, #78, #161, #162, #163 e #214 dou uma dimensão do quanto ela gosta de se exibir, atrair a a tenção, seduzir e deitar os homens que lhe chama a atenção.

Neste contexto, nos vimos em meio à necessidade de fazer uma rápida viagem de carro que a sós, a fim de concluir algumas demandas antes dos festejos do fim do ano que tanto nos pressiona, colaborando com tudo o que faz com que a nossa libido ficasse meio de lado, o que é bem normal. na vida de um casal que já convive há anos diariamente.

Como estávamos viajando sós, sem nossas filhas, minha esposa resolveu colocar um dos seus shortinhos generosos, um daqueles que ficam bem socadinhos e como de costume,  nada de calcinha por baixo. Como sempre, ela estava vestida pra causar o mal aos homens alheios, mas nem assim minha libido foi ativada dado o altíssimo nível de estresse em que me encontrava por conta do trabalho. 

Tão logo fizemos a primeira parada para abastecer o veículo, quando ela foi à loja de conveniência do posto de combustível, ela percebeu alguns homens olhando para si. Percebendo-se comida por eles, ela resolveu entrar no jogo, e deu um mole para os garanhões, voltando no carro para buscar a sua carteira, ficando naquela posição de quatro com a porta aberta exibindo o seu delicioso e guloso bumbum engolindo o seu shortinho para os rapazes que imediatamente deram sinais de excitação.

Era impossível não perceber aqueles três homens secando o rabinho da minha esposa, de tão acintosa que a cena era. Todo mundo no posto percebeu, até o frentista olhou para mim como quem queria ver qual a minha reação. Graças aos meus óculos escuros, consegui me fazer de corno manso, como se não tivesse percebido o que ocorria na pista.

Não bastando, mesmo sabendo que ela estava acompanhada por mim, os três foram atrás dela na loja de conveniência, fazendo o meu tesão disparar justamente pelo ciúme que senti daqueles três gaviões que resolveram cercar minha putinha.

Resultado, estou de pau duro até hoje, mesmo já tendo passado quase dez dias dias do fato. De quebra, estou proibido de manter qualquer contato sexual com ela até segunda ordem. Sábia, ela está potencializando a situação do ciúmes que senti dos rapazes que a comia com os olhos no posto de combustíveis e esta atiçando ao máximo aquela brasa que estava quase se apagando, de modo a estabelecer um incêndio na minha libido, manifestado pelo calor e pulsar do meu pênis como ela vem monitorando, dia após dia.

Claro que não reclamei da situação. Corno não reclama, só aceita, recebe e obedece às sacanagens impostas pela sua esposa. Mesmo que pego de surpresa, visto que nem de longe havíamos cogitado a possibilidade de fazer algum joguinho de exibicionismo, percebi naquela situação a necessidade dos ciúmes na nossa vida de maridos cornos mansos. 

E foi nessa percepção que me vi na necessidade de tecer esse post reflexivo para advertir aos novos mansos que se chegam nessa deliciosa vida sem volta. Ser corno não significa estar à salvo do sentimento do ciúme. Muito pelo contrário, o corno vive com esse sentimento diariamente, o dia inteiro. 

Sabendo disso, chamo a atenção dos curiosos e aspirantes para o fato e que é preciso aprender a lidar com esse sentimento pois como bem disse um dos membros interlocutores, o Diego San,   

o homem que aceita ser corno manso, por mais que as vezes bata aquela vontade de dominar ou se impor pra cima da esposa, tem que lembrar do privilégio que é ter uma mulher que além de nos aceitar como somos, ainda nos ama e respeita nossas vontades e desejos, nos fazendo de corno. 

Enfim, a vida de um manso é assim. Depois de nos assumir corno delas, temos que entender que viveremos sujeitos ao medo de perdê-las para os machos alfa, bem como ao julgamento de todos os que estão ao nosso redor e que ainda não tiveram coragem de se libertar das amarras de uma vida controlada pelo machismo. Viveremos para sempre com esses medo e julgamento mas, teremos também uma pontinha de certeza que elas podem perceber que não vale à pena abrir mão do domínio que tem sobre o seu companheiro que aceita tranquilamente a sua sexualidade, da forma como ela quiser, com quantos parceiros ela quiser.